Sporting dominou primeiro os nervos e depois o Lille

Entrada tímida deu lugar a triunfo seguro perante um adversário fragilizado e sem capacidade para reagir à superioridade dos “leões”.

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Diomande atento a Jonathan David ANDRE DIAS NOBRE / REUTERS
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O Sporting manteve a bitola do início de temporada e conseguiu, esta terça-feira, em Alvalade, uma entrada de “leão” na nova Liga dos Campeões, vencendo o Lille, por 2-0, com golos de Gyökeres (38’) e Debast (65’), impondo-se a um adversário que ficou reduzido a dez unidades nos instantes finais da primeira parte.

A equipa portuguesa até teve um início de jogo cinzento, incapaz de mostrar a competência que lhe tem garantido um arranque de época inatacável, mas acabou por resolver com à-vontade o primeiro teste europeu.

Contudo, no início, o "leão" denotou nervos que demorou a dominar, cometeu pequenos erros na transição ofensiva, com sucessivas perdas de bola, precipitou-se e permitiu que o Lille se instalasse e aventurasse num desenho táctico menos rígido e em terrenos que não esperaria poder aventurar-se tão facilmente.

De tal forma que, a meio da primeira parte, a bola passava mais tempo pelos pés dos franceses, com Morita e Gyökeres a esboçarem remates que nunca levaram perigo à baliza de Chevalier.

Para piorar o cenário, Rúben Amorim foi forçado a substituir o lesionado Gonçalo Inácio aos 13 minutos, situação que potenciava uma maior instabilidade no sector defensivo que só a determinação de Diomande conseguia disfarçar.

Por outro lado, essa abordagem menos assertiva acabou por iludir o Lille, induzindo os “dogues” num erro capital. O espartilho formado pela linha de cinco defesas com que iniciou o jogo de Alvalade foi alargando, com os três centrais a sentirem-se mais confortáveis para enfrentar a linha atacante dos “leões”, o que originou um par de situações fracturantes a partir da meia-hora de jogo.

Pedro Gonçalves, Gyökeres e Trincão emergiam e, com eles, as oportunidades reais de golo, em especial pela dupla portuguesa. O sueco castigava os adversários e, na sequência de um lançamento lateral dos franceses, o Sporting apertou o cerco, pressionou e forçou o erro que Gyökeres não perdoou, fazendo o golo que dava vantagem ao Sporting ao intervalo.

Uma vantagem que não se limitava à diferença de produção, já que Angel Gomes foi expulso dois minutos depois do golo, deixando o Lille numa posição de grande fragilidade.

A segunda parte acabou por confirmar a superioridade do Sporting, com Rúben Amorim a deixar um desinspirado e amarelado Morita no balneário, passando a explorar com outra intencionalidade o jogo exterior de Quenda e Catamo, o que avolumou os problemas do Lille, que à entrada dos últimos cinco minutos contabilizava um remate contra 11 do Sporting.

Valeu ao Lille a ineficácia de Quenda, que desperdiçou duas oportunidades flagrantes, alimentando a esperança de surpreender a equipa portuguesa. Mas Debast, num disparo fulminante, acabou com quaisquer veleidades da formação de Bruno Genesio, que acabara de fazer três alterações para procurar o empate, tendo a estratégia implodido de imediato com o golo do defesa-central.

O Sporting acabaria por relaxar um pouco nos minutos finais, o que levou o Lille a espreitar o golo que se tivesse conseguido poderia ter abalado Alvalade. Aliás, a bola chegou a entrar na baliza de Franco Israel, mas de forma irregular.

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