Oito migrantes mortos em naufrágio no canal da Mancha

Só desde Janeiro deste ano, já morreram 45 pessoas na travessia do canal da Mancha, do Norte de França para Inglaterra.

Foto
Este mês já morreram pelo menos seis crianças na travessia do canal da Mancha GONZALO FUENTES / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:48

Oito pessoas morreram na madrugada deste domingo na travessia do canal da Mancha, quando a embarcação em que seguiam naufragou, pouco depois de deixar a costa francesa com destino a Inglaterra.

As autoridades foram alertadas já perto da 1h (hora local, meia-noite em Portugal continental), quando um barco que transportava cerca de 50 pessoas entrou em dificuldades junto à costa da região de Pas-de-Calais, no Norte de França.

De acordo com a guarda costeira francesa, a embarcação foi vista a dirigir-se para uma praia na comuna de Ambleteuse, mas as autoridades alegam não ter sido possível prestar assistência aos migrantes no mar. Já em terra, foi confirmada a morte de oito pessoas.

Segundo a emissora pública Radio France, uma pessoa permanece em estado crítico e outros cinco têm ferimentos ligeiros.

A investigação do caso foi entregue ao Ministério Público de Boulogne-sur-mer.

Só entre sexta-feira e sábado, foram resgatadas cerca de 200 pessoas a bordo de quatro embarcações, indicam números divulgados pelas autoridades francesas. Num dia, foram registadas 18 tentativas de partida de embarcações da costa francesa.

Ainda no início deste mês, 12 pessoas, incluindo seis crianças e uma mulher grávida, morreram quando o barco em que seguiam naufragou junto da costa francesa, com mais de 50 migrantes a bordo. O desastre a 3 de Setembro foi o que mais vítimas mortais provocou este ano no canal da Mancha.

No total, morreram 45 pessoas desde o início deste ano na travessia do canal, no número mais alto registado desde 2021 (quando morreram ou desapareceram também 45 pessoas no mar).

Mais de 22 mil requerentes de asilo conseguiram chegar ao Reino Unido em 2024, a maioria de origem iraniana, afegã e iraquiana, arriscando a própria vida a bordo de pequenas embarcações precárias e sobrelotadas.

Sugerir correcção
Comentar