Quarenta e oito

A vida, felizmente, não é sempre colorida. Nem produtiva. Ser verdadeiramente humano também passa por sentir muitas vezes tédio, melancolia, frustração e tristeza.

Ouça este artigo
00:00
06:50

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Tinha 12 anos acabados de fazer quando, a meio das férias de Verão, durante um almoço igual a mil outros, decidi queixar-me de tédio. As férias, com os meus pais no trabalho e os meus irmãos fora, estavam a tornar-se uma sucessão de dias infinitos que me aborreciam até ao âmago. E naquele dia decidi verbalizar o quão aborrecida estava e o quão maçadora era a minha vida. Acontece que em vez de compreensão paterna — claramente os meus pais nunca ouviram falar sobre a importância de validarem os sentimentos dos filhos — recebi um olhar de soslaio da minha mãe e uma granada, em forma de pergunta, lançada pelo meu pai.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.