Incêndios: GNR detém 26 suspeitos e reforça patrulhamento com aumento de calor

Previsões de calor e vento forte levam a GNR a reforçar o patrulhamento de visibilidade. Desde o início do ano foram identificados 361 suspeitos e detidos 26 pelo crime de incêndio florestal.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil colocou as regiões do interior norte e centro, Alto Alentejo e Algarve sob perigo muito elevado de incêndio rural Daniel Rocha
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A GNR deteve este ano, até quinta-feira, 26 suspeitos de fogos florestais, indicou aquela força de segurança, anunciando o reforço do patrulhamento enquanto o risco de incêndio o justificar face às previsões de calor e vento forte.

"A GNR, a partir de hoje, dia 13 de Setembro, e até o perigo de incêndio o justificar, irá reforçar o patrulhamento de visibilidade direccionado para a prevenção de incêndios, em todo o território nacional, em virtude da previsão de agravamento do perigo de incêndio", refere a corporação na nota, enumerando as condições desfavoráveis de aumento da temperatura, do vento forte e da diminuição da humidade relativa do ar.

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o aumento da temperatura, gradual e inusual para Setembro, ocorrerá até segunda-feira.

A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil colocou as regiões do interior norte e centro, Alto Alentejo e Algarve sob perigo muito elevado de incêndio rural.

No comunicado, a GNR salienta que desde o início do ano fez mais de 38 mil patrulhas, que resultaram na identificação de 361 suspeitos e na detenção de 26 pelo crime de incêndio florestal.

Desde então, a GNR registou mais de cinco mil fogos rurais que queimaram mais de 15 mil hectares de terreno.

Mais de metade (53%) dos incêndios florestais investigados pelos militares da GNR devem-se a uso negligente do fogo e a fogo posto.

A GNR apela à população para "a importância de adopção de comportamentos seguros, nos espaços florestais e agrícolas, nos dias de risco de incêndio muito elevado e máximo", devendo evitar fazer lume ou fogueiras, queimas ou queimadas, lançar foguetes e balões de mecha acesa, fumigar ou desinfestar apiários, "salvo se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas".

A GNR desaconselha, ainda, a "circulação de tractores, máquinas e veículos de transporte pesados que não possuam extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa chamas nos tubos de escape ou chaminés".