Futsal: Lúcio Rocha eleito o melhor jogador jovem do mundo

Ala português, que integra a convocatória da selecção para o Mundial que arranca no sábado, reconhece que não imaginava um crescimento tão rápido na modalidade.

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Lúcio Rocha foi nesta quinta-feira eleito o melhor jogador jovem de futsal do mundo em 2023, tornando-se o segundo português a ganhar o prémio atribuído pelo site especializado Futsal Planet, depois de Zicky Té. Uma distinção que apanhou o internacional português, em preparação para o Mundial que arranca no sábado, "desprevenido".

O ala do Benfica foi uma das figuras da inédita conquista por Portugal do Europeu de sub-19 em 2023, no qual foi o melhor marcador e o melhor jogador. Na última temporada, Lúcio Rocha venceu a Taça de Portugal e a Taça da Liga pelos "encarnados".

"Sinto-me muito feliz. Fui apanhado desprevenido, mas é um sentimento muito bom, pelo qual trabalhei durante muito tempo. É muito bom ganhar este prémio e ter um reconhecimento destes", salientou aos jornalistas, no hotel onde está alojada a selecção, no Uzbequistão.

O jogador portuense, que fez grande parte da sua formação no Caxinas, já tem 13 internacionalizações por Portugal e é um dos convocados para o Mundial sénior, que está prestes a arrancar.

"Já tinha comentado com alguns colegas que são sonhos tornados realidade. Nem nos meus maiores sonhos imaginava que ia ser tudo tão rápido e tantas coisas boas a vir ao mesmo tempo, mas trabalhei muito para isto e esforcei-me diariamente. Com ajuda da minha família, amigos, treinadores e clube, consegui conquistar isto tudo", realçou.

Próximo sonho: ganhar o Mundial

Aos 20 anos, Lúcio Rocha pretende agora cumprir mais um dos seus sonhos, a conquista de um Mundial, no qual Portugal é o actual detentor do troféu, após o triunfo na edição realizada em 2021, sendo um dos quatro atletas estreantes na convocatória.

"O sonho mais perto é o maior sonho da minha vida, que é ganhar o Mundial pelo país. Estou muito ansioso e quero ajudar a equipa e estes grandes jogadores, que são como uma família, mostrar que podem confiar em mim e ajudá-los jogo após jogo", apontou.

A integração na selecção principal e num grupo "extrovertido" foi muito fácil, revelou, e sente-se "em casa". "Não há nervosismo ou ansiedade. A pressão não é algo que me deixa atrapalhado, até acaba por ser bom. Neste desporto, quanto melhores formos, mais pressão existirá. Sabendo que tenho os companheiros que tenho, nervosismo não pode existir", frisou.

Portugal integra o Grupo E do Mundial, juntamente com Panamá, Tajiquistão e Marrocos, três selecções "com características únicas" e que podem criar dificuldades, sendo os africanos, na teoria, o adversário a ter mais em atenção nesta fase de grupos.

"Todas as equipas trazem preocupações, mas Marrocos é uma selecção que, para além da muita qualidade individual, é forte no colectivo. Tem jogadores bons ofensivamente e no um contra um. Já jogámos contra uma equipa parecida nesta preparação, Angola, e sabemos que é duro, porque nunca se sabe o que esperar. Teremos de estar muito concentrados, ter a nossa raça e pensar que ninguém vai passar por nós", sublinhou.