Cerca de 200 pessoas marcharam em Lisboa pelos direitos dos animais

Pelo sexto ano, a Animal Save and Care Portugal organizou uma marcha pelos direitos dos animais, “não só os de companhia”. A esta juntaram-se cerca de 200 pessoas e, entre elas, a líder do PAN.

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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
Inês Sousa Real
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A porta voz do PAN, Ines de Sousa Real (D), participa na marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal, em Lisboa, 07 de setembro de 2024. RODRIGO ANTUNES/LUSA RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Marcha Nacional Pelos Direitos de Todos os Animais promovida pela Animal Save and Care Portugal RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Perto de 200 pessoas participaram, este sábado, em Lisboa numa marcha pelos direitos dos animais, num protesto em que quiseram ser a voz de todas as espécies e defender a “libertação animal”.

“A nossa luta é todo o dia, os animais não são mercadoria”, “a nossa marcha não vai parar, enquanto houver animais para libertar” ou “vamos dar voz aos que sentem como nós” foram algumas das palavras de ordem que ecoaram pelas ruas da capital durante a tarde.

A marcha, que partiu pouco depois das 16h30 do Rossio em direcção à Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa, foi uma iniciativa da associação Animal Save and Care Portugal que, pelo sexto ano, chamou às ruas os activistas pelos direitos dos animais. “Pelos direitos de todos os animais”, precisou, em declarações à agência Lusa Noel Santos, da organização, que recusa a ideia de direitos apenas para os animais de companhia.

Pelo sexto ano, a Animal Save and Care Portugal organizou a marcha pelos direitos dos animais RODRIGO ANTUNES/LUSA
“Não aceitamos menos do que a libertação animal", disse um activista RODRIGO ANTUNES/LUSA
A marcha partiu pouco depois das 16h30 do Rossio em direção à Alameda Dom Afonso Henriques, em Lisboa RODRIGO ANTUNES/LUSA
Houve pessoas a demonstrar descontentamento com o número de casos de maus tratos investigados no ano RODRIGO ANTUNES/LUSA
Inês de Sousa Real juntou-se à marcha RODRIGO ANTUNES/LUSA
Foram cerca de 200 pessoas a gritar cânticos pelo fim da crueldade animal RODRIGO ANTUNES/LUSA
Vários manifestantes sublinharam que não se referem apenas aos animais de companhia RODRIGO ANTUNES/LUSA
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Pelo sexto ano, a Animal Save and Care Portugal organizou a marcha pelos direitos dos animais RODRIGO ANTUNES/LUSA

“Não aceitamos menos do que a libertação animal. É uma posição extremada, sabemos, mas é a posição que temos de assumir”, sublinhou o activista. Para Noel Santos, as medidas não podem ficar-se apenas pelo bem-estar animal, uma mensagem que também está presente nos vários cartazes contra o consumo de carne animal e de apelo ao veganismo.

Entre os manifestantes, encontravam-se também alguns companheiros de quatro patas. Foi o caso de Dóris, que passeava pela Avenida Almirante Reis sem se aperceber que, à sua volta, gritavam pelos seus direitos.

A segurar na trela, Daniel Carapau considera que ainda há um longo caminho a percorrer em Portugal. “Basta ver o número de casos de maus tratos de animais que são investigados e julgados todos os anos”, sublinhou, recordando, por outro lado, o acórdão do Tribunal Constitucional, divulgado no início do ano, que decidiu não declarar inconstitucional a norma que prevê a incriminação de maus tratos a animais de companhia, na sequência de um pedido da Procuradoria-Geral da República.

“Seria impensável que retrocedêssemos a esse nível nesta altura”, defendeu Daniel Carapau, lamentando também que a sociedade civil, em geral, continue a ignorar outras situações como as touradas e o transporte de animais vivos.

A marcha contou também com a presença da líder do PAN, que se juntou ao protesto para mostrar solidariedade para com a causa animal, contra os maus tratos e o abandono. Numa altura em que o Governo prepara a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), Inês de Sousa Real considerou “inaceitável que em pleno século XXI o IVA para os cuidados médico-veterinários e a alimentação seja taxado a 23%, como um bem de luxo”.

É uma questão que promete levar para a discussão do OE 2025, bem como a renovação da isenção de IVA na compra de alimentação animal para as associações, aprovada no OE 2024, mas a líder do PAN lembra que é necessário que o Governo cumpra a execução dos 13,2 milhões de euros para campanhas de esterilização e bem-estar animal.