Fernando Araújo é hipótese do PS para candidato à Câmara do Porto

O ex-director executivo do SNS já teve uma reunião com o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.

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Fernando Araújo não é militante do PS, mas é “compagnon de route” Nelson Garrido
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Na última vez que o PS ocupou o poder autárquico no Porto, os eleitores que hoje têm 30 anos tinham acabado de entrar para o primeiro ano do ensino básico. São quase 24 anos de jejum de poder autárquico que, naturalmente, o PS gostaria de quebrar nas próximas eleições.

Fernando Araújo é um dos nomes que estão em cima da mesa, como já noticiou o Jornal de Notícias. O antigo director executivo do SNS, que se demitiu em conflito com o Governo, é uma figura com prestígio em todo o Norte (e no país), nomeadamente pelo facto de ter sido presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João desde 2019, considerado um modelo de gestão e que foi um exemplo de organização durante a pandemia de Covid-19.

Fernando Araújo não é militante do PS, mas é “compagnon de route”: foi secretário de Estado adjunto e da Saúde quando Adalberto Campos Fernandes era ministro da pasta, entre 2015 e 2018.

Contactado pelo PÚBLICO, Fernando Araújo entendeu “nesta fase não comentar o assunto” das autárquicas. O ex-director executivo do SNS já teve uma reunião com o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.

Na verdade, a escolha do candidato do PS à Câmara Municipal do Porto não será tomada sem que existam previamente sondagens que ajudem a direcção do partido a perceber qual dos potenciais candidatos tem mais hipóteses de conquistar a Câmara.

Tanto José Luís Carneiro, antigo ministro da Administração Interna e adversário de Pedro Nuno Santos na corrida à liderança do PS, como o ex-ministro da Saúde Manuel Pizarro continuam a ser dois nomes na lista de possibilidades. Mas, ao contrário do que costuma ser habitual dentro do pouco pacífico PS/Porto, a unidade parece agora maior, em nome do objectivo primeiro: conseguir conquistar a câmara perdida há 24 anos.

No seu espaço de comentário na CNN, “Bússola”, José Luís Carneiro foi confrontado com a possibilidade de ser candidato, mas escusou-se a uma resposta directa. Afirmou que agora “o mais relevante é discutir e avaliar as prioridades de política no quadro nacional, nos quadros metropolitanos”.

Para Carneiro, na decisão sobre as autárquicas, deve estar em primeiro lugar a definição das “políticas para servir as pessoas”, em segundo “onde se devem estabelecer alianças, coligações” e “só depois as personalidades”. Quando à sua disponibilidade pessoal, já anteriormente manifestada, não quis dizer nada. Apenas afirmou serem “escolhas que devem competir à direcção nacional”.

A saída do independente do Rui Moreira abre uma nova página na futura luta autárquica no Porto. As eleições para as autarquias são daqui a um ano.

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