Quatro vítimas mortais do naufrágio de iate na Sicília terão morrido sufocadas

Autópsia aos corpos de quatro dos sete mortos na embarcação alugada pelo magnata britânico Mike Lynch não revelaram sinais de água nos pulmões das vítimas.

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Equipas de socorro encontraram os corpos das sete vítimas mortais do naufrágio IGOR PETYX / EPA
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Pelo menos quatro das setes vítimas mortais do naufrágio do iate de luxo Bayesian ao largo da Sícilia, em Itália, há cerca de três semanas, morreram sufocadas e não afogadas, como chegou a ser considerado pelas autoridades italianas.

A agência noticiosa italiana ANSA e o jornal italiano La Repubblica dizem que os resultados das autópsias aos corpos do presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, da sua mulher, Judy Bloomer, do advogado Chris Morvillo e da sua mulher, Neda Morvillo, não revelaram água nos pulmões de nenhuma das vítimas.

O The Guardian também dá conta de que o casal Morvillo morreu em circunstâncias semelhantes, dando força à tese de que as vítimas mortais terão ficado sem oxigénio quando a água começou a inundar os quartos do iate, à medida que a embarcação se afundava, depois de ter sido atingida por uma tempestade, perto da localidade italiana de Porticello.

Uma fonte da investigação que falou com o diário britânico aponta a possibilidade de “morte por confinamento”. “Os resultados ainda são provisórios”, acrescentou, no entanto. “Serão necessários exames histológicos em amostras retiradas dos corpos para apurar a causa das mortes”.

As autópsias aos corpos do magnata britânico da tecnologia Mike Lynch e das restantes vítimas vão ser realizadas nas próximas horas ou dias. Todos os procedimentos médicos relacionados com os sete mortos estão a ser levados a cabo num hospital em Palermo.

Entre os sete mortos, apenas um fazia parte da tripulação – Recaldo Thomas, chefe de cozinha do Bayesian. Quinze pessoas sobreviveram, incluindo nove membros da tripulação, após terem conseguido entrar a tempo no barco salva-vidas do iate.

Três tripulantes, incluindo o capitão do navio, James Cutfield, estão a ser investigados pelo Ministério Público italiano por “homicídio involuntário e culposo e de naufrágio”.

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