O atleta português Mamudo Baldé terminou esta quarta-feira na quinta posição, com direito a um diploma, a final dos 100 metros T54 (cadeira de rodas) dos Jogos Paralímpicos Paris2024, uma prova na qual admitiu "ter arrancado mal".

No Stade de France, onde nas eliminatórias da manhã melhorou o recorde nacional, com a marca de 13,75 segundos - tempo que lhe teria dado a prata - Mamudo Baldé cronometrou 14,19s na prova decisiva.

O mais rápido na final foi o mexicano Juan Pablo Garcia (13,71s), tendo o tailandês Athiwatd Paeng-Nuea ficado com a prata (13,79s) e o finlandês Leo-Pekka Tahti com o bronze (13,86s).

Num balanço da prova, Mamudo Baldé reconheceu ter arrancado devagar, o "que determinou o resultado da prova". "Infelizmente as coisas nem sempre saem como esperamos, mas agora é cabeça para cima, porque só chega aqui quem trabalha e se esforça, e acho que um dia serei recompensado por isso".

"Tenho de continuar a treinar os meus arranques, é ali o meu ponto fraco, infelizmente o resultado da manhã não condiz com o de agora", disse o atleta, que tem espinha bífida.

Com 19 anos, Mamudo Baldé refere que, apesar de estar já a competir a nível mundial, ainda tem muita margem de progressão e prometeu voltar daqui a quatro anos, em Los Angeles. "Sinto que isto não foi uma derrota, foi um até já, em Los Angeles vamos ver-nos, vou estar mais forte e mais rápido, para dar um 'oizinho' quando passar por eles", afirmou.

Mamudo Baldé, atleta da Associação Jorge Pina, sai dos Jogos Paris2024, que marcaram a sua estreia paralímpica, com um diploma nos 100 metros T54, depois de ter sido desclassificado nas eliminatórias dos 400 metros, nas quais se qualificou para a final, tendo acabado por ficar de fora por ter pisado a linha.