Pico do Verão termina com quatro mortos nas zonas balneares

Entre Maio e Agosto não se registou nenhuma morte por afogamento, segundo os dados da Autoridade Marítima Nacional.

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No ano passado morreram 155 pessoas por afogamento em Portugal, a maioria no mar Rui Gaudêncio
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O período de maior afluência às praias portuguesas terminou com um balanço de quatro vítimas mortais, uma redução significativa em relação ao que acontecera em 2023. No balanço da época balnear divulgado esta terça-feira, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) informa que entre 1 de Maio e 31 de Agosto morreram quatro pessoas. No mesmo período do ano passado tinham morrido 14.

A época balnear só termina oficialmente a 31 de Outubro, pelo que este não é ainda um balanço definitivo, mas os principais meses do Verão de 2024 foram menos mortíferos do que os de 2023 e sem nenhum caso de morte por afogamento, igualmente em contraste com o ano passado (em que tinham sido sete). A causa provável de três das quatro mortes registadas pela AMN é “doença súbita”, enquanto a outra é “desconhecida”.

Os acidentes mortais aconteceram na Meia Praia, em Lagos, na Praia Maria Luísa, em Albufeira, numa zona não vigiada da baía de São Martinho do Porto, concelho de Alcobaça, e ainda na popular gruta de Benagil, em Lagoa, visitada por centenas de turistas diariamente.

Ainda de acordo com o balanço desta terça-feira, foram realizados 667 salvamentos nas zonas balneares entre Maio e Agosto e 3017 pessoas necessitaram de primeiros socorros. Neste último ponto trata-se de uma quase duplicação face ao ano passado, uma vez que entre 1 de Maio e 30 de Setembro de 2023 se tinham registado 1839 acções de primeiros socorros.

Apesar de os dados agora divulgados mostrarem que o pico do Verão foi menos mortífero nas praias, os números recolhidos pelo Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores colocam 2024 como um dos piores dos últimos anos. Entre 1 de Janeiro e 31 de Julho morreram 75 pessoas em meio aquático (a maioria no mar), o que supera as 71 mortes em igual período de 2023 e as 62 de 2021.

O ano passado, ainda segundo estes dados, foi o segundo mais mortífero desde a criação do observatório: morreram 155 pessoas afogadas, apenas menos duas do que no ano anterior.

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