INEM revela que contrato prevê substituição de helicóptero em 24 horas

Empresa revela que helicóptero de reserva previsto no contrato está em manutenção pelo que ainda não foi substituído o aparelho sedeado em Macedo de Cavaleiros.

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Tripulantes foram transportados para o Hospital de Vila Real por precaução e já tiveram alta hospitalar Daniel Rocha
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O INEM revelou esta terça-feira que o contrato com a empresa Avincis para o serviço de helicópteros de assistência prevê a substituição do equipamento em 24 horas, na sequência do acidente de segunda-feira no concelho de Mondim de Basto. Contudo, fonte oficial da empresa revelou à Lusa que o helicóptero de reserva previsto no contrato entre o INEM e a Avincis está a ser alvo de uma manutenção programada e, por isso, não houve substituição no prazo de 24 horas.

“O contrato de locação de meios aéreos e aquisição de serviços de operação, gestão da aeronavegabilidade permanente e manutenção das aeronaves, estabelecido com o operador Avincis, prevê que a aeronave seja substituída num prazo de 24 horas. Até ao momento, esta substituição ainda não ocorreu”, referiu o INEM em comunicado, acrescentando estar em contacto com o operador para repor o serviço de emergência “com a maior brevidade”.

Fonte oficial da operadora para o serviço de helicópteros de assistência disse à Lusa que "a aeronave de reserva do mesmo modelo, AW139, encontra-se em manutenção programada. Estamos a procurar concluir esses trabalhos tão rápido quanto seja possível, tendo em conta que a segurança é a nossa principal prioridade. Permanece, contudo, em operação um outro helicóptero AW139, além de dois AW109".

"Estamos a trabalhar com o INEM num plano para podermos retomar o serviço em Macedo de Cavaleiros o mais rapidamente possível", assegurou a mesma fonte da empresa, acrescentando que os helicópteros da Avincis ao serviço do INEM foram activados 474 vezes no primeiro semestre de 2024 e 1 146 vezes no ano passado para socorro a emergências.

A Lusa questionou também a Avincis sobre o pedido do INEM para assegurar o reforço das equipas de pilotos na base de Viseu, de forma a permitir operar o helicóptero de emergência ali sediado durante 24 horas e não apenas no turno diurno de 12 horas, mas, até ao momento, não foi possível obter esses esclarecimentos da empresa.

O acidente ocorreu pelas 12h55 de segunda-feira, no momento em que a aeronave AW139 – sediada na base de Macedo de Cavaleiros se preparava para aterrar em Mondim de Basto, para socorrer um ferido num acidente de trabalho numa pedreira.

A bordo seguiam quatro tripulantes piloto, co-piloto, médico e enfermeiro , que, segundo informações prestadas após o acidente pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), foram transportados para o Hospital de Vila Real por precaução e já tiveram alta hospitalar.

“Não sendo possível a substituição da aeronave no imediato, o INEM solicitou ao operador que pudesse assegurar a colocação de equipas de pilotos em Viseu, por forma a operacionalizar o funcionamento daquele helicóptero no período nocturno, encontrando-se a aguardar resposta”, pode ler-se ainda na nota divulgada.

O dispositivo de emergência médica contratualizado entre o INEM e a Avincis é constituído por dois helicópteros a operar em turnos de 24 horas desde as bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé e outros dois helicópteros em turnos de 12 horas, sediados nas bases de Viseu e Évora. Com este acidente, o socorro através de helicópteros fica reduzido a três aeronaves e apenas uma em regime permanente, somente na região sul do país.

Notícia actualizada às 19h58 com informações da empresa