Academia Portuguesa de Cinema indica três filmes a prémios internacionais

A Flor do Buriti, O Vento Assobiando nas Gruas e Grand Tour são as escolhas da instituição para disputar os Goya, em Espanha, e os Colibri, no Equador.

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Renée Nader Messora e João Salaviza, os realizadores de A Flor do Buriti Daniel Rocha
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A Academia Portuguesa de Cinema candidatou A Flor do Buriti, João Salaviza e Renée Nader Messora, Grand Tour, de Miguel Gomes, e O Vento Assobiando nas Gruas, de Jeanne Waltz, aos prémios Goya e Colibri, anunciou esta manhã a instituição.

A Flor do Buriti é o candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Ibero-americano na 39.ª edição dos Goya, os prémios do cinema espanhol. Grand Tour e O Vento Assobiando nas Gruas foram indicados para a categoria de Melhor Filme Europeu.

Organizada pela Academia de Cinema de Espanha, a cerimónia de entrega dos Goya vai decorrer em Granada a 8 de Fevereiro de 2025.

A APC vai ainda submeter A Flor do Buriti como candidato de Portugal à categoria Melhor Filme Ibero-americano na sexta edição dos prémios Colibri, da Academia das Artes Audiovisuais e Cinematográficas do Equador, cuja cerimónia de entrega de prémios terá lugar em Quito a 7 de Novembro.

Os três filmes constam da lista de cinco candidatos da qual sairá o concorrente português à nomeação para o Óscar de Melhor Filme Internacional, a anunciar a 11 de Setembro. Manga d’Terra, de Basil da Cunha, e O Teu Rosto Será o Último, de Luís Filipe Rocha, são os outros dois títulos do rol. Todos tiveram já estreia cinematográfica em Portugal, excepto Grand Tour, que chegará aos cinemas no próximo dia 19.

A Flor do Buriti foi rodado no território indígena da Kraholândia, no Brasil, onde a dupla de cineastas já tinha feito Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2019). A narrativa foi construída a partir de relatos históricos e conversas com indígenas. O filme conquistou um Prémio de Elenco no Festival de Cannes, em 2023, onde teve a sua estreia.

Já a história de Grand Tour segue um romance de início do século XX, protagonizado por Edward (Gonçalo Waddington), um funcionário público do império britânico que foge da noiva, Molly (Crista Alfaiate), no dia em que ela chega para o casamento. O filme valeu este ano a Miguel Gomes o prémio de Melhor Realização no Festival de Cannes.

Com assinatura de Jeanne Waltz, realizadora suíça há muito radicada em Portugal, O vento Assobiando nas Gruas segue Milene, uma jovem mulher que, depois da morte da avó, se depara com uma família de tios que a despreza por causa de um problema de desenvolvimento mental.