Câmara de Cascais vai disponibilizar 105 alojamentos para professores
Autarquia vai disponibilizar habitação com rendas mais baixas a profissionais essenciais que vivam a mais de 60 quilómetros de Cascais. Primeiro passo é alojar 16 professores em quatro moradias.
A Câmara Municipal de Cascais vai disponibilizar 105 alojamentos para professores que leccionem no concelho e vivam longe de casa, anunciou esta segunda-feira, 2 de Setembro, a autarquia, indicando que o valor das rendas será entre 150 e 400 euros.
Para beneficiar deste apoio, a residência oficial dos docentes terá de ser a mais de 60 quilómetros de distância do estabelecimento de ensino que leccionam, segundo explicou à agência Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes.
"Esta medida insere-se na Estratégia Local de Habitação de Cascais e visa, em primeiro lugar, oferecer habitação a preços acessíveis à população e a profissionais essenciais para o município, como é o caso dos professores", justificou.
O autarca, responsável também pelo pelouro da promoção de habitação, referiu que, no imediato, a autarquia vai começar por disponibilizar quatro moradias, que permitirão alojar 16 docentes. As moradias situam-se nas localidades de Bicesse, Cobre, Tires e Torres, tendo sido adquiridas pela Câmara de Cascais. Posteriormente, serão disponibilizados mais oito apartamentos, com capacidade para acolher 24 professores, e ainda o Mosteiro de Santa Maria do Mar, com lugar para receber 44 profissionais.
Será ainda disponibilizado pela Câmara de Cascais um alojamento temporário, com a disponibilização de 21 quartos individuais ou duplos. Este alojamento temporário irá ter valores entre os 275 e os 400 euros, distribuindo-se por três instituições.
No total, serão disponibilizados 105 alojamentos para professores. São elegíveis a este apoio os professores colocados nos agrupamentos escolares de Cascais, podendo a candidatura ser feita através do site do município. Segundo Nuno Piteira Lopes, a Câmara de Cascais irá também disponibilizar habitação para profissionais de saúde e das forças de segurança.
"A escassez de oferta para arrendamento e o elevado valor das rendas, associado ao facto de muitos destes profissionais deslocados terem já encargos com a habitação familiar noutra zona do país tem dificultado a sua colocação e inibe, por vezes, a aceitação da mesma, com incalculáveis prejuízos para a escola e alunos do município", sublinha o autarca.