Meio milhão de pessoas manifesta-se em Israel pelo regresso dos reféns de Gaza

Manifestantes saíram às ruas na noite de domingo. O principal sindicato israelita marcou uma greve geral para esta segunda-feira, levando a mais protestos.

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Meio milhão de pessoas saiu à rua no domingo por um acordo para recuperar os reféns em Gaza ABIR SULTAN / EPA
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Meio milhão de pessoas saiu à rua no domingo por um acordo para recuperar os reféns em Gaza ABIR SULTAN / EPA
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Meio milhão de pessoas saiu às ruas em Israel neste domingo, 1 de Setembro, um pouco por todo o país, para protestar contra a actuação de Netanyahu em Gaza e forçar o Governo israelita a fazer um acordo com o Hamas para recuperar os reféns de 7 de Outubro de 2023 que ainda estão em Gaza. Na sequência destes protestos, o maior sindicato israelita, Hisradut, convocou uma greve geral no país esta segunda-feira, 2 de Setembro.

A vaga de protestos surgiu depois da descoberta dos corpos de seis reféns mortos em Gaza, levando a um sentimento de raiva generalizada pela forma como o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a lidar com a situação dos reféns. No domingo, cerca de 100 mil pessoas manifestaram-se em Telavive pedindo um cessar-fogo e um acordo com o Hamas para recuperar os 101 reféns que ainda estão em Gaza.

"Esta tarde, tomei a decisão de suspender a economia israelita a partir de amanhã de manhã. Estou aqui para lutar para que ninguém seja deixado para trás! Os judeus não abandonam os judeus. O que é que não é claro? Não faz sentido que os nossos filhos morram nos túneis por causa de considerações políticas!", disse, nos protestos, o líder do Hisradut, Arnon Bar-David, citado pelo jornal israelita Haaretz.

Em Jerusalém, os manifestantes bloquearam, durante várias horas, aquela que é a principal entrada na cidade, segundo o Haaretz, gritando palavras de ordem contra o Governo de Netanyahu. Em Telavive, os protestos levaram à detenção de 25 pessoas pela polícia israelita.

A greve geral desta segunda-feira promete parar o país. O Aeroporto Internacional Ben Gurion, a 20 quilómetros de Telavive, anunciou que estaria encerrado a partir das 8h locais (6h em Portugal continental), tendo retomado o funcionamento pelas 10h locais (8h em Portugal continental). Os hospitais funcionaram em horários reduzidos e as universidades juntaram-se aos protestos.

Um pouco por todo o país, manifestantes voltaram a bloquear estradas, incluindo algumas artérias de Telavive, a maior cidade do país. Várias linhas de transporte público tiveram o seu serviço cancelado ou fortemente afectado, segundo a Reuters, o que indica que os trabalhadores do Porto de Haifa também declararam que iriam fazer greve.

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Segundo a imprensa israelita, Bezalel Smotrich, ministro das Finanças pertencente à aliança política Sionismo Religioso, terá pedido à procuradora-geral israelita para apresentar uma providência cautelar contra a manifestação. O Fórum Gevurah, que reúne as famílias de soldados israelitas mortos em combate, também apresentou uma providência cautelar, que seria apreciada na manhã desta segunda no Tribunal de Trabalho.

"Trata-se de uma greve claramente política, flagrantemente ilegal, levada a cabo de forma intimidatória", afirmou o Fórum, citado pelo Haaretz.

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