Pierre, Moacyr e Gabriel unem artes e vozes numa “carta de amor” a São Paulo

O cantor e compositor brasileiro Pierre Aderne reincide nas cartas de amor em forma de canção. Três meses depois do lançamento de Nossa terra é o mar, que compôs em parceria com Moacyr Luz, Elmo Lage e David Pasqua, anunciada como “carta náutica de amor à relação de brasileiros e portugueses” (com um vídeo onde participou António Zambujo), chega-nos agora “uma carta de amor em single, composta para a cidade de São Paulo”. Chama-se Mar do Copan e resulta de uma parceria que, além de Pierre e Moacyr, inclui Gabriel Moura. Cariocas, os dois últimos, e quase carioca o primeiro, já que, tendo nascido em Toulouse, França, filho de mãe brasileira e pai português (de Ourém), passou a infância entre Brasília e o Rio de Janeiro. Gravada em Maio deste ano entre o Brasil (São Paulo e no Rio De Janeiro) e Portugal (Lisboa e Porto), onde Pierre Aderne reside desde 2011, Mar do Copan é cantada a três vozes pelos seus autores, com Gabriel Moura no violão e Carlos Fuchs (que também assegurou a mistura e masterização) no piano. O design gráfico do single é de Victor Hugo Cecatto, a partir de uma fotografia do arquitecto e fotógrafo Cristiano Mascaro. São também de Mascaro as fotografias usadas no videoclipe, com edição de Maia Balduz e Tiago Tamberline. A produção do videoclipe é de Pierre Aderne.

A letra de Mar do Copan cita, explícita ou implicitamente, Rita Lee, Itamar Assunção, Adoniran Barbosa, Demónios Da Garoa e Sílvio Santos, e o seu nome refere-se a um dos mais icónicos edifícios da cidade de São Paulo, o Copan, concebido por Oscar Niemeyer e projectado por Joaquim Cardozo. Inaugurado em 1966, o nome Copan, pelo qual é conhecido, é um acrónimo da designação da instituição que o encomendou, a Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo. Localizado na Avenida Ipiranga, com 32 andares e 115 metros de altura, a sua forma ondulada sobressai, altiva, na “cidade pungente de prédios gigantes” de que fala esta canção.