Justiça investiga cartões de crédito de Dores Meira, ex-autarca de Setúbal

Ex-autarca esteve 161 dias ausente da câmara para fazer 20 viagens em 27 meses. Despesas com cartões de crédito somam 103 mil euros em quatro anos. Muitas estão insuficientemente justificadas.

Foto
Maria das Dores Meira é candidata independente à Câmara de Setúbal Daniel Rocha
Ouça este artigo
00:00
12:47

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A utilização de cartões de crédito por autarcas e dirigentes de serviços públicos é há muito fonte de controvérsia e arremesso político. Passos Coelho acabou mesmo, em 2011, com a atribuição de cartões aos membros do Governo, proibição que ainda se mantém. Na mesma altura, o estatuto dos gestores públicos passou a proibir a sua utilização para pagamento de despesas de serviço, proibindo igualmente o reembolso aos gestores “de quaisquer despesas que caiam no âmbito do conceito de despesas de representação pessoal”. No caso das autarquias, a questão continua por resolver, sendo frequentes os processos judiciais em que autarcas são acusados, e por vezes condenados, por pagar com os cartões dos municípios despesas que deveriam ser cobertas pelas ajudas de custo e despesas de representação a que têm direito.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.