Nuno Borges regista melhor resultado no US Open

Jasmine Paolini avançou para a terceira ronda ao fim de seis minutos.

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Nuno Borges JUSTIN LANE / EPA
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Nuno Borges está pela primeira vez na terceira ronda do US Open. O tenista da Maia, que esta semana ocupa o melhor ranking da carreira, 34.º, venceu o segundo adversário que enfrentou em Nova Iorque para estabelecer desde já o segundo melhor resultado da carreira em torneios do Grand Slam, secundando os oitavos-de-final que disputou no início do ano, no Open da Austrália. A vitória sobre Thanasi Kokkinakis (6-4, 7-5, 7-5), que antes eliminara Stefanos Tsitsipas, não teve contestação, embora estivesse longe de ser fácil.

No set inicial, Borges salvou três break-points antes de aproveitar a única ocasião para quebrar o australiano, no sétimo jogo. Na segunda partida, foi Kokkinakis (86.º) a assinar o primeiro break, mas não conseguiu fechar quando serviu a 5-4, cedendo o serviço. O australiano fez pior a 5-5, quando cometeu três duplas-faltas que deram o break fatal a Borges. No terceiro set, o número um português teve de anular dois break-points antes de fazer o break a 5-5, concluindo no jogo seguinte, no segundo match-point.

Borges terminou o encontro de duas horas e 50 minutos com mais winners (45 contra 27), menos erros directos (33 contra 42) e maior aproveitamento do primeiro serviço com 78% de pontos ganhos. Na terceira ronda, no sábado, Borges defronta a revelação checa de 18 anos, Jakub Mensik (65.º), ou outro australiano, Tristan Schoolkate (193.º).

Na véspera, Borges e Francisco Cabral ultrapassaram a primeira ronda do quadro de pares, ao derrotarem o belga Zizou Bergs e o húngaro Fabian Marozsan, com os parciais de 7-6 (8/6), 6-2. Para chegar a uma inédita presença numa terceira ronda de um major juntos, a dupla lusa terá de vencer os cabeças de série n.º12, Hugo Nys e Jan Zielinski.

Em frente seguiu também Jannik Sinner, que, tal como na primeira eliminatória, começou a meio-gás, teve de evitar um terceiro break a 4-4, mas acabou por dominar completamente o seu adversário, por 6-4, 6-0 e 6-2, o americano de 20 anos, Alex Michelsen (49.º), finalista no último fim-de-semana no ATP 250 de Winston-Salem. O líder do ranking é agora o terceiro tenista com mais vitórias em hardcourts desde 2020, com 157, atrás de Daniil Medvedev (181) e Andrey Rublev (159). E tem contado com o apoio dos adeptos.

“Sempre adorei Nova Iorque, é um lugar especial. O primeiro ‘Slam’ onde joguei no quadro principal... Cada encontro é diferente e tem a sua história, cada jogador é diferente, as condições são diferentes. Sinto que ainda posso melhorar algumas coisas, mas é preciso estar sempre muito feliz por estar na próxima ronda. Amanhã tenho um dia de folga e vou tentar entrar novamente no ritmo”, afirmou o italiano de 23 anos, após somar a 50.ª vitória e 20.ª em hardcourts em 2024 e oitava consecutiva, depois de triunfar no Masters 1000 de Cincinnati.

Já a compatriota de Sinner, Jasmine Paolini (5.ª) qualificou-se ao fim de seis minutos, pois a antiga líder do ranking, Karolina Pliskova (44.ª), abandou lesionada após disputarem três pontos. Este não foi, contudo, o mais curto encontro na história do US Open; em 1972, Chico Hagey partiu a perna direita ao bater na vedação quando acorria a uma bola no primeiro ponto do embate com Georges Goven.

Na jornada de quarta-feira, Ben Shelton (13.º) derrotou pela segunda eliminatória consecutiva um ex-top 10, Roberto Bautista Agut (67.º), por 6-3, 6-4 e 6-4, e agendou um duelo de grande expectativa com o compatriota Frances Tiafoe (20.º).

Antes, Andrey Rublev eliminou Arthur Rinderknech, por 4-6, 5-7, 6-1, 6-2 e 6-2, que ficou registado como o 113.º encontro em cinco sets disputado em torneios do Grand Slam em 2024, quebrando o recorde de 1992 (112). O encontro que ultrapassou as quatro horas foi mais um em que os jogadores tiveram direito a um intervalo de 10 minutos entre o terceiro e quarto set para se refrescarem, uma medida excepcional sempre que as condições atmosféricas assim o exijam – em Nova Iorque, os termómetros têm atingido os 35 graus e mais de 70% de humidade. O Arthur Ashe Stadium e o Louis Armstrong Stadium têm amenizado a canícula, graças aos tectos amovíveis, parcialmente fechados, para proporcionar mais espaços de sombra.

A encerrar a jornada de quarta-feira, Novak Djokovic eliminou o também sérvio Laslo Djere (109.º), que desistiu quando o número dois mundial liderava por 6-4, 6-4 e 2-0. E Taylor Fritz assinou uma exibição brilhante para vencer o poderoso Matteo Berrettini, por 6-3, 7-6 (7/1) e 6-1, sem ter enfrentado um único break-point.

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