O Monge e a Espingarda: didactismo democrático e 007 na TV

Com a sua segunda obra, Pawo Choyning Dorji mostra sentir o peso da obrigação e da responsabilidade de fazer um filme “sobre o Butão”.

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Este é um filme que se torna didáctico, um peso que o atira ao chão
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Com o seu primeiro filme, Um Iaque na Sala de Aula, nomeado para o Óscar de melhor filme internacional, Pawo Choyning Dorji pôs o pequeno reino do Butão no mapa-múndi cinematográfico contemporâneo. Com a segunda obra, O Monge e a Espingarda, mostra sentir o peso da obrigação e da responsabilidade de fazer um filme “sobre o Butão”, mais explícito no seu propósito, mais ambicioso na estrutura do argumento, construído como um albergue que acolhe uma série de aspectos que caracterizam os dilemas sociopolíticos do seu país. Um albergue, ou um cárcere? Sim, o “tema”, a “agenda temática”, coisas que funcionam aqui como uma prisão, num filme que não tem nada da espontaneidade simples e eficaz, folk no melhor sentido da palavra, do Iaque na Sala de Aula.

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