Falhas informáticas afectam Governo, aeroporto e serviços de emergência nos Países Baixos

Uma falha informática está a bloquear os sistemas governamentais e de emergência com acesso à rede da Defesa holandesa. Voos no aeroporto de Eindhoven estão suspensos. Erro estará num centro de dados.

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Viajantes esperam por notícias sobre os voos interrompidos no aeroporto de Eindhoven, Países Baixos, depois de o tráfego aéreo ter sido suspenso por causa de uma falha informática ROB ENGELAAR / EPA
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Vários serviços governamentais e de emergência nos Países Baixos estão inoperacionais ao nível nacional por causa de uma falha informática associada com a rede da Defesa do país. Os voos no aeroporto de Eindhoven também foram suspensos esta manhã, só devendo ser retomados ao fim da tarde, por causa de um problema informático que estará a afectar os computadores envolvidos no controlo do tráfego aéreo.

O Centro Nacional de Cibersegurança dos Países Baixos fala de um "mau funcionamento num centro de dados" que está a afectar muitas das ​entidades que estão ligadas à rede interna da Defesa holandesa, avançou o jornal Algemeen Dagblad (AD): "Devido a uma interrupção num centro de dados, vários utilizadores do centro de dados e dos seus serviços de informática foram afectados", disse o centro em comunicado. O mesmo jornal sugere que o Governo holandês não suspeita de ataque informático, mas o Centro Nacional de Cibersegurança alertou que, com este mau funcionamento, a sua capacidade de emitir avisos em caso de vulnerabilidade fica comprometida.

O Aeroporto de Eindhoven foi o primeiro a reportar dificuldades informáticas que obrigaram a cancelar todos os voos. Num comunicado publicado às 8h locais, menos uma hora em Portugal continental, confirmou que "o tráfego aéreo não é possível por causa de uma falha" que foi detectada cerca de uma hora antes, quando a actividade aérea costuma começar no aeroporto da cidade.

Mas o problema não estava contido ao aeroporto, revelou o canal televisivo holandês RTL. Uma onda de falhas informáticas está também a bloquear os sistemas de serviços públicos como a Guarda Costeira e o Real Marechalato dos Países Baixos (o ramo militar responsável pelo controlo dos passaportes nos aeroportos e nos portos), está a avançar a comunicação social neerlandesa. Essas dificuldades começaram a registar-se ainda na terça-feira à noite, noticiou o deVolkskrant, mas só foram anunciadas esta manhã.

Embora o número de emergência nacional neerlandês (112) e o contacto para os casos não-emergentes (0900-0904) continue operacional, graças à activação de um "protocolo de emergência", os serviços de socorro também estão a ser afectados por problemas informáticos. Segundo o serviço regional de emergência de Utrecht, "existe actualmente uma perturbação ao nível nacional que está a interromper o sistema habitual de alarme e comunicação dos serviços de emergência".

A plataforma DigiD, que centraliza o acesso dos cidadãos a vários serviços do Estado — como o agendamento de vacinas, o pagamento de multas, a entrada no site das Finanças ou a emissão e consulta de documentos, por exemplo — também está a registar problemas, que são mais extensos quando a utilização acontece através do telemóvel. A plataforma parece ser mais estável quando é utilizada a partir de um computador, indicou a entidade em comunicado.

De acordo com a Força Aérea do país, que publicou mensagens sobre o tema esta manhã, as dificuldades informáticas estão relacionadas com "uma falha na rede" que impede o tráfego aéreo no Aeroporto de Eindhoven. Vinte e quatro dos 57 voos previstos para esta quarta-feira foram suspensos, cinco dos quais já foram cancelados. "Ainda não é claro quando a interrupção será resolvida", diz a mensagem publicada nas redes sociais: "Estamos a trabalhar arduamente numa solução".

Inicialmente, a Eurocontrol, o centro europeu para o tráfego aéreo, disse que a actividade no aeroporto só deveria ser retomada às 13h locais. Mas um balanço mais recente aponta agora que o tráfego aéreo só deve ser retomado, na melhor das hipóteses, às 17h locais (menos uma hora em Portugal continental) porque a falha informática continua por resolver.

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