Chegou a nova era da Champions, com mais jogos e (espera-se) mais equilíbrio

Sorteio da fase da Liga está marcado para quinta-feira à tarde. Cada equipa terá agora oito adversários e oito pontos deverão chegar para garantir qualificação.

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A dimensão manual do sorteio vai ser fortemente reduzida PIERRE ALBOUY / REUTERS
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A UEFA baralhou as cartas já há mais de dois anos, quando aprovou a mudança no formato da Liga dos Campeões, e vai começar a dá-las a partir desta quinta-feira. Às 17h, no Fórum Grimaldi, em Monte Carlo, iniciar-se-á o sorteio da Champions 2024-25, que conta com duas equipas portuguesas e com um novo figurino na fase mais longa da prova, a fase da Liga.

Nunca é de mais recordar: a partir da presente edição, deixa de haver a tradicional fase de grupos, agora substituída por uma espécie de campeonato parcial, que envolve as 36 equipas participantes (em vez das habituais 32). E parcial porquê? Porque cada equipa só defrontará oito adversários, quatro em casa e quatro fora de portas (oito jogos em vez dos seis até agora disputados), que serão extraídos à razão de dois por cada um dos quatro potes do sorteio.

Ou seja, Benfica e Sporting (e todos os outros emblemas) defrontarão dois adversários do Pote 1, outros dois do Pote 2, mais dois do Pote 3 e os últimos dois do Pote 4, sendo que não poderão enfrentar-se equipas do mesmo país e cada uma medirá forças com um máximo de dois rivais do mesmo campeonato.

Depois, o futuro será decidido em função da classificação, por pontos, no final desta fase: os primeiros oito da tabela avançam directamente para os oitavos-de-final; entre o nono e o 24.º classificados será disputado um play-off; os restantes, entre o 25.º e o 36.º lugares, são eliminados das competições da UEFA.

Sorteio menos manual

Na base desta alteração, alega o organismo que rege o futebol europeu, esteve a necessidade de “proporcionar aos adeptos jogos mais equilibrados e competitivos em todos os níveis da fase da Liga”. Para isso, foram testadas várias hipóteses de competição com a ajuda de uma equipa de especialistas, que aplicou modelos matemáticos que permitiram concluir que a actual solução é a mais indicada.

“Concentrámos a nossa análise na fase de grupos e pensámos em formas de a tornar mais dinâmica. Usámos cálculos matemáticos para simular a competição do primeiro ao último jogo. Queríamos perceber se aumentariam os jogos entre equipas de topo, se isto daria às outras equipas mais possibilidades de somarem mais pontos. Usámos análise quantitativa para termos uma ideia”, explicou ao site da UEFA Stéphane Anselmo, responsável pelo desenvolvimento das competições.

Acontece que este novo modelo pressupõe um número gigantesco de combinações e, por isso, também terá reflexos sobre o modus operandi do sorteio. Porque se tornaria tremendamente longo e fastidioso sortear manualmente as bolas, uma a uma, a partir de agora só se irá abrir uma vez o recipiente com o nome de cada clube e, nesse momento, o computador identifica de forma automática os adversários.

Depois... que comecem os jogos, a 17 de Setembro, sendo que a “previsão” de Stéphane Anselmo é esta: “Simulámos e concluímos que a qualificação deverá ser possível com uma média de 7,6 pontos, o que significa duas vitórias e dois empates”. No fim de Janeiro veremos se bate certo.

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