Sismo em Portugal já teve nove réplicas e foi o décimo maior desde o século XVI

Nove réplicas não foram sentidas e foram de pequena magnitude. Mais de 19 mil pessoas responderam ao questionário que tem como objectivo “cartografar a extensão dos efeitos dos sismos”.

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Sismo foi sentido em várias zonas de Portugal e com maior intensidade nas regiões de Setúbal e Lisboa Catarina Póvoa
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O sismo que ocorreu na madrugada de segunda-feira em Portugal foi o décimo maior desde o século XVI e já teve nove réplicas, não sentidas e de pequena magnitude, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O abalo, de magnitude de 5,3 na escala de Richter, foi registado às 5h11 de segunda-feira nas estações da Rede Sísmica do continente, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a Oeste de Sines.

“Em termos de magnitude, e considerando uma área com um raio de 100 quilómetros em torno do epicentro, trata-se do 10.º maior sismo ocorrido desde o séc. XVI, sendo esta zona muito marcada pela ocorrência, em 1858, de um terramoto histórico particularmente importante, conhecido como o sismo de Setúbal e que teve uma magnitude de M7.1”, pode ler-se.

O IPMA frisou ainda que na “estação aceleroméctrica mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de Agosto, foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental”.

Desde as 5h47 de segunda-feira que se registaram nove réplicas de pequena magnitude, as mais recentes às 00h14 e 00h30 de terça-feira, indicou também o IPMA, em comunicado.

“Através do questionário macrossísmico online, foram já recepcionados no IPMA mais de 19 mil testemunhos referenciando os efeitos deste sismo”, acrescentou.

O sismo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de pelo menos quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera IPMA).

Com intensidade V, considerada forte, os efeitos podem sentir-se fora de casa, caso ocorra durante a noite pode acordar as pessoas, “os líquidos oscilam e alguns extravasam”, explica o IPMA.

“Pequenos objectos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação” quando de regista uma intensidade de V. O abalo foi sentido em várias zonas de Portugal e com maior intensidade nas regiões de Setúbal e Lisboa.