Reacções à morte de Eriksson: Benfica recorda treinador “à frente no seu tempo”
FPF descreve o sueco como um técnico “marcante”. Liga de clubes enaltece “um legado inesquecível”.
Têm surgido em catadupa as reacções à morte de Sven-Göran Eriksson, que nesta segunda-feira, aos 76 anos, sucumbiu a um cancro terminal que já lhe havia sido diagnosticado há longos meses. O Benfica, "casa" do treinador sueco em Portugal, recorda-o como um técnico "revolucionário" e "à frente no seu tempo".
"Muito para além dos títulos, a marca de Eriksson no futebol português foi a de um revolucionário, de um treinador à frente no seu tempo. No plano social, destacou-se sempre pela elegância, educação e urbanidade. Um treinador e um homem verdadeiramente à Benfica", reagiu o clube da Luz, no site oficial.
Nas "águias", o treinador conduziu a equipa à conquista de três campeonatos (1982-83, 1983-84 e 1990-91), uma Supertaça (1989-90) e uma Taça de Portugal (1982-83).
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF), através de uma mensagem do presidente, Fernando Gomes, também lamentou a morte do sueco, "um treinador profundamente marcante para o futebol português", enquanto a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) recorda "um legado inesquecível, gravado na memória de todos aqueles que tiveram o privilégio de trabalhar" com o sueco "ao longo de uma carreira brilhante",
O FC Porto e o Sporting também já vieram a público manifestar as condolências pela morte do antigo treinador. "É sempre uma honra defrontar treinadores deste gabarito. O Futebol Clube do Porto envia sentidas condolências à família e amigos de Sven-Göran Eriksson", escreveu o clube "azul e branco", numa publicação na rede social X. Na mesma rede social, o Sporting manifestou pesar pela morte de Eriksson, elegendo-o como "uma grande figura mundial".
Homenagem em Wembley
A Federação Inglesa de Futebol (FA) também lembrou o contributo de Sven-Goran Eriksson, que morreu aos 76 anos, como seleccionador inglês, entre 2001 e 2006, tendo sido o primeiro estrangeiro a comandar a equipa.
"Este é um dia muito triste. Deu a todos os adeptos de Inglaterra memórias tão especiais. Ninguém poderá esquecer o 5-1 em Munique, à Alemanha, sob a sua orientação", destacou o director-executivo da FA, Mark Bullingham.
A FA vai prestar-lhe homenagem no próximo jogo em Wembley, com a Inglaterra a defrontar a Finlândia, na Liga das Nações, em Setembro. "Será justamente reconhecido e para sempre lembrado pelo seu trabalho significativo com a selecção inglesa, bem como o contributo alargado para o futebol", acrescentou o dirigente.
Entre outras reacções que têm surgido em Inglaterra, destaca-se a do príncipe William. "Encontrei-o várias vezes quando era seleccionador de Inglaterra e fiquei sempre impressionado pelo seu carisma e paixão pelo jogo. Um verdadeiro gentleman no futebol".
De resto, o tom de lamento e consternação estendeu-se à grande maioria dos grandes clubes europeus, do Real Madrid ao Manchester City, passando pelo Liverpool ou pela Roma, entre outros. O Leicester, emblema que liderou em 2010-11, também deixou uma mensagem sentida. "O prestígio e estatuto que trouxe ao Leicester, bem como a sua personalidade calorosa e simples, ajudaram os 'foxes' a reconfigurarem a sua ambição e a construir um caminho para os mágicos sucessos que estavam por vir".
Como não poderia deixar de ser, o clube que o lançou para a ribalta, o IFK Gotemburgo, também lhe dedicou palavras elogiosas: "Estamos tão gratos pelas suas proezas, por aquilo que fez no IFK e no futebol sueco. Estamos também felizes por lhe podermos ter dito obrigado na Primavera, num jogo em sua homenagem e por termos dado o seu nome a uma das bancadas".