Palcos da semana: palavras de honra com música e consciência

Da música do Kalorama à festa do Vai-m’à Banda, seguimos de Crato ao peito, com o Fuso da consciência e as palavras do Speak Low.

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Sam Smith dá corpo ao manifesto do Kalorama Matilde Fieschi
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Vai-m'à Banda traz Bruno Pernadas para a festa DR
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Os James encabeçam o cartaz do terceiro dia do Festival do Crato DR
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Fuso - Festival de Videoarte Internacional de Lisboa ALIPIO PADILHA
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Palavras ditas no jardim do Palácio do Sobralinho, cortesia do Speak Low Inestética
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Dar o corpo ao manifesto do Kalorama

Música, sustentabilidade e arte são os três eixos que sustentam o evento, nascido em 2022 já com corpo de imperdível e de chamada obrigatória na agenda dos festivaleiros de Verão – para a edição de estreia convocou, por exemplo, nomes de peso como Arctic Monkeys, Kraftwerk, Chemical Brothers ou Nick Cave e os seus muchachos Bad Seeds.

A aposta foi ganha e veio reforçada por uma segunda edição recheada (e aplaudida) ao som de Florence + the Machine, Blur, Prodigy, Belle and Sebastian e Arcade Fire, entre outros.

Eis então chegado o terceiro momento do Meo Kalorama, que volta a marcar o calendário estival lisboeta com um cartaz à altura da ainda curta, mas grande, tradição. Está tudo a postos para se acertar o passo ao som dos mais de 50 artistas convidados a subir aos quatro palcos do festival, ao longo dos três dias. LCD Soundsystem, Massive Attack, Sam Smith, Ana Moura, The Kills e dEUS são algumas das estrelas a cintilar no firmamento.

Comer, ouvir, beber (não necessariamente por esta ordem)

Em Guimarães, quando se cruza música com as tascas mais pitorescas da cidade, o resultado é Vai-m'à Banda.

A romaria itinerante começa na Tasca Expresso, com Minta & The Brook Trout, seguindo depois para a Adega do Ermitão, onde se escutam as notas de Romeu Bairos, e para os Amigos da Penha, que recebem Bruno Pernadas. Cabe a Marina Herlop dar ambiente ao Tas'co Pio, no fecho da cortina desta sétima edição do evento que é organizado pela Revolve com o apoio do município vimaranense.

De Crato ao peito

Nascido em 1984 como programa musical paralelo à Feira de Artesanato e Gastronomia da vila do Alto-Alentejo, o Festival do Crato foi crescendo e tem hoje um lugar ao Sol entre os grandes festivais de Verão, cortesia de um cartaz que oferece uma boa relação qualidade/preço.

Este ano, as expectativas não são defraudadas. Durante o dia, há tempo para aproveitar a proximidade das piscinas municipais, atestar a hospitalidade das gentes e apreciar os produtos da terra que fazem a montra da 38.ª edição do certame. Ao cair da noite, as atenções viram-se para os talentos de James, Ivandro, Jorge Palma com o convidado Sérgio Godinho, Slow J, Van Zee, Richie Campbell, Capitão Fausto, Bateu Matou e Ornatos Violeta, entre outros.

Como aperitivo para a festa, a organização oferece um concerto de Paulo de Carvalho com a Filarmónica do Crato (dia 27 de Agosto, às 22h30).

No Fuso da consciência

Mostrar obras que encorajam os espectadores a tomar consciência do mundo que os rodeia, estimulando a reflexão, o sentido crítico e o compromisso de resistência. É nestes moldes que se apresenta a 16.ª edição do Fuso - Festival de Videoarte Internacional de Lisboa.

Integrada no Lisboa na Rua, projecta peças de videoarte em museus e jardins da capital abordando temáticas contemporâneas como a guerra, a migração, as lutas sociais ou as questões de identidade. Em tempo de acirramentos e embates, a ideia é pensar o colectivo, criar empatia e alimentar “murmúrios de esperança”.

Entre trabalhos e conversas, desfia-se o programa desenhado pelos quatro curadores internacionais convidados: Bruno Zgraggen (Suíça), Laila Hida (Marrocos), Lori Zippay (EUA) e Marie Voignier (França). Em Outubro, é a vez de São Miguel, nos Açores, receber a cartilha via Fuso Insular (dias 24 a 27).

Palavras ditas no jardim

A segunda edição do Speak Low, ciclo de música, jazz e spoken word produzido pela Inestética, traz três sessões intimistas, sob as árvores do Palácio do Sobralinho.

Solta as amarras a 25 de Agosto, com o Navio dos Loucos feito de poemas ditos por Cláudia R. Sampaio e José Anjos, e musicados por João “O Gajo” Morais (viola campaniça) e Carlos Barretto (contrabaixo). O domingo seguinte está por conta de Mao-mao, projecto de Valério Romão e José Anjos centrado em poemas chineses antigos saídos da pena de trabalhadores fabris. O terceiro momento do ciclo tem como mestre-de-cerimónias o quarteto de João Capinha e a convidada Joana Manuel, responsáveis por improvisar música e texto falado, sem qualquer ensaio prévio, assim assegura a organização.

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