Madeira: fogo na Ponta do Sol aproximou-se de casas mas não progrediu. Enviado reforço de bombeiros

Houve um reacendimento este sábado e a população foi avisada. Já pelas 17h, o fogo não tinha progredido e os moradores estavam seguros. Nevoeiro aumentou a humidade e está a ajudar ao combate.

Nuvens de fumo elevam-se no local do incêndio no sítio da Lombada no concelho da Ponta do Sol, 24 de agosto de 2024, O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. HOMEM DE GOUVEIA/LUSA�
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Nuvens de fumo elevam-se no local do incêndio no sítio da Lombada, no concelho da Ponta do Sol HOMEM DE GOUVEIA/LUSA
Bombeiros e elementos da Proteção Civil deslocam-se para o local de combate ao incêndio no sítio da Lombada no concelho da Ponta do Sol, 24 de agosto de 2024, O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. HOMEM DE GOUVEIA/LUSA�
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Bombeiros e elementos da Protecção Civil deslocam-se para o local de combate ao incêndio no sítio da Lombada HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

A situação na Ponta do Sol, ilha da Madeira, complicou-se ao final da manhã deste sábado e o fogo chegou a aproximar-se de casas na zona da Lombada, levando a Protecção Civil Municipal a alertar a população para estar atenta à evolução do fogo. Pouco depois das 17h, quer a responsável pela Protecção Civil Municipal, quer a presidente da Câmara da Ponta do Sol sublinhavam que o fogo esteve perto das casas mas não progrediu encosta acima e que, por isso, as populações estava seguras. Entretanto chegou um grupo de reforço de bombeiros do contingente nacional e da Força Especial de Protecção Civil que tenta extinguir o incêndio.

Uma vez que a zona onde o fogo deflagrou é atravessada por cabos eléctricos de alta tensão, a informação que existe neste momento é que no local não é aconselhado o uso de meios aéreos, pelo que o helicóptero de combate a fogos que opera na região não está a ser utilizado.

Cláudia Dias Ferreira, responsável pela Protecção Civil Municipal, disse à SIC que há elementos de bombeiros da região, da Força Especial de Protecção Civil e da GNR que estão no terreno a combater o fogo, estando também a ser retiradas do local viaturas e botijas de gás, mas "até ao momento não há pessoas retiradas de casa". Foi criado um posto de apoio à população onde haverá água e comida para o caso de ser necessário acolher pessoas ou para quem preferir deslocar-se para esse local de abrigo por precaução.

Num ponto de situação pelas 16h30, a mesma responsável disse que estão no terreno cerca de 1000 homens a fazer combate directo ao fogo e que o vento abrandou, o que ajudou a que o incêndio não progredisse. Está também a ser utilizado um drone para ajudar a monitorizar o fogo.

Chegaram entretanto reforços da Força Especial de Protecção Civil. "Chegou agora um reforço de bombeiros constituído por bombeiros nacionais e Força Especial de Protecção Civil que veio reforçar os meios que já estavam no terreno e vão ser posicionados em zonas estratégicas para fazer um combate ao nível do fogo directo. O fogo não progrediu desde a última vez que falamos. Está na mesma posição. Não subiu mais. As populações continuam seguras porque não subiu em direcção às casas. O vento também baixou de intensidade", acrescentou Cláudia Dias Ferreira.

“Junto das habitações está agora tudo mais tranquilo. O que interessa é tentar evitar que o fogo continue a progredir”, disse a presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, numa altura em que se abatia um intenso nevoeiro naquela zona que se misturava com o fumo do incêndio e que deverá aumentar a humidade e assim revelar-se um aliado no combate ao fogo.

"[O incêndio] tem um ponto quente que está um bocadinho activo e nós esperamos — atenção, não estou a dizer que vai acontecer — que no prazo de uma hora, uma hora e meia, a gente consiga debelar aquilo", disse à agência Lusa o presidente do serviço regional de Protecção Civil, António Nunes, num contacto estabelecido cerca das 16h15. "É um ponto que está activo, portanto, não está tudo completamente controlado", reforçou.

António Nunes garantiu também que o fogo não ameaça residências. "Está a uma distância de segurança, não há casas nenhumas em perigo", assegurou.

Este sábado de manhã, na conferência de imprensa, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, tinha admitido que havia um "foco de potencial reacendimento" na Ponta do Sol, na zona Oeste da ilha.

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