Portugal tem 13.700 bombeiros profissionais e é dos países da UE que menos investe contra fogos

Entre os 27, Dinamarca apresentou a percentagem mais baixa de despesas com serviços de protecção contra incêndios em 2022, seguida por Portugal, Malta, Eslovénia e Áustria.

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Portugal tinha no ano passado 13.700 bombeiros profissionais, o equivalente a 0,27% do emprego total no país Nuno Ferreira Santos
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Portugal tinha, no ano passado, um total de 13.700 bombeiros profissionais, entre os mais de 360.000 da União Europeia (UE), sendo um dos países europeus que menos investia em serviços de protecção contra incêndios, divulgou esta sexta-feira o Eurostat.

Dados do gabinete estatístico comunitário revelam que em 2023 havia 362.400 bombeiros profissionais na UE, o que representa 0,18% do emprego total no conjunto da União com Portugal a ter um total de 13.700 bombeiros profissionais, o equivalente a 0,27% do emprego total no país.

Entre os 21 países da UE com dados disponíveis nesta matéria, as percentagens mais elevadas de bombeiros no emprego total foram registadas na Croácia (0,49%), seguida pela Estónia e pela Grécia (ambas com 0,39%), enquanto as mais baixas se verificaram nos Países Baixos (0,05%), na Finlândia, na Eslovénia e na Suécia (ambas com 0,13%).

No que toca ao investimento em serviços de protecção contra incêndios nos 27 países da UE, o Eurostat fala numa verba total de 37,8 mil milhões de euros em 2022, um aumento de 7,8% em relação a 2021 (35,1 mil milhões de euros).

A percentagem da despesa total das administrações públicas na UE dedicada a esta protecção foi de 0,5% e tem vindo a manter-se estável desde 2016.

Entre os 27 Estados-membros da União, a Dinamarca apresentou a percentagem mais baixa de despesas com serviços de protecção contra incêndios em 2022, com 0,1% das despesas totais das administrações públicas, seguida por Portugal, Malta, Eslovénia e Áustria, com 0,3% cada.

No caso de Portugal, isso equivaleu a 343,8 milhões de euros, de acordo com as estimativas provisórias.

Em contrapartida, a Roménia apresentou, há dois anos, a percentagem mais elevada, com 0,7% das despesas totais, seguindo-se a Grécia, a Alemanha, a Lituânia, a Estónia e a República Checa, com 0,6% cada.

Por idades, o Eurostat adianta que os bombeiros profissionais com idades compreendidas entre os 30 e os 49 anos representaram 61% do total em 2023.