Sp. Braga sofreu, mas acabou por dar a volta ao Rapid na Liga Europa

Início alucinante, a comprometer missão austríaca, ajudou minhotos a darem o troco num jogo de nervos contra adversário reduzido a 10 desde o início, mas que até esteve a vencer.

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Roger e Jonas Auer em duelo no Sp. Braga-Rapid Viena HUGO DELGADO / EPA
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Foi sofrido o triunfo (2-1) do Sp. Braga sobre o Rapid Viena no jogo da primeira mão do play-off da Liga Europa, último obstáculo à entrada na fase de liga da competição, que teve um arranque intenso, com os austríacos reduzidos a dez desde o segundo minuto e os portugueses obrigados a operarem uma reviravolta suada... conseguida com golos de Vítor Carvalho (33') e Zalazar (71').

Com os centrais Niakaté e Paulo Oliveira indisponíveis — bem como João Moutinho —, Carlos Carvalhal voltou a apostar na dupla Bambu/Bright Arrey-Mbi, com o brasileiro a ser o primeiro protagonista da noite... pelas piores razões.

Num atraso negligente a Matheus (esteve em dúvida, mas voltou à baliza), Bambu ofereceu um golo que Beljo não teve capacidade para confirmar numa baliza “deserta”.

O pior pesadelo da noite parecia ter sido evitado pelo Sp. Braga, que no lance seguinte viu o médio Grgic ser expulso por falta grosseira sobre Zalazar.

Superado o susto, ganhava força a perspectiva de uma noite de sentido único, já que o treinador do Rapid Viena foi expedito e, sem hesitações, reforçou a estrutura, sacrificando o único avançado para acrescentar um médio ao dique que a narrativa do jogo da Pedreira pedia.

Uma sensação validada pela dinâmica e pela tendência que de imediato se instalou, com o Sp. Braga a carregar e Zalazar e El Ouazzani a ameaçarem num par de finalizações.

Faltava apenas um pormenor de qualidade na zona de finalização, onde Bruma foi ganhando influência até ter sido forçado a abandonar, por lesão, aos 23 minutos.

Uma contrariedade para Carlos Carvalhal, que praticamente no minuto seguinte assistiria, impotente, ao golo dos austríacos, com assinatura do experimentadíssimo Guido Burgstaller.

Matheus pedia cabeça aos companheiros e Vítor Carvalho respondeu com o golo da igualdade menos de 10 minutos volvidos, impondo-se no jogo aéreo para cabeceamento certeiro. O Sp. Braga emendava a mão, mas ainda precisava de mais um golo para assumir o comando do jogo.

A confiar na estatística, o Sp. Braga, com 25 ataques e 11 remates contra dois do Rapid, já deveria estar a esfregar as mãos e a pensar como gerir o duelo da segunda mão.

Mas o futebol não se resume a números ou percentagens e a verdade é que o Sp. Braga estava muito longe de poder desfrutar da superioridade numérica, como se comprovou à passagem da primeira hora de encontro.

Ricardo Horta até já tinha testado os reflexos de Hedl e parecia que o Rapid Viena se conformaria com a igualdade. Mas Burgstaller provou exactamente o contrário ao marcar de novo, provocando mais um arrepio nas hostes minhotas, valendo a posição irregular do internacional austríaco.

O Sp. Braga tinha meia hora para derrubar o adversário, o que Ricardo Horta foi adiando com finalizações muito perto do alvo. A sorte “arsenalista” poderia ter mudado num lance de área em que o Sp. Braga clamava por um penálti; Víctor Gómez cruzou, Roberto Fernández rematou e Bendeguz Bolla desviou com o braço um lance que o VAR desvalorizou.

Mas não precisou de tanto tempo. A menos de 20 minutos dos 90, Zalazar surgiu em zona frontal para receber a bola, passar o lateral do Rapid e atirar para as redes de Hedl. O Sp. Braga estava pela primeira vez na frente do marcador. Uma vantagem curta, que os minhotos tentaram aumentar sem sucesso, pelo que os espera um jogo duro em Viena.

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