Partido no poder no Japão escolhe substituto do primeiro-ministro a 27 de Setembro

Campanha para a presidência do PDL arranca a 12 de Setembro. Grande número de candidatos, desde veteranos do partido a jovens estrelas em ascensão, incluindo três mulheres, tencionam candidatar-se.

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Fumio Kishida durante a conferência de imprensa em que anunciou a sua decisão de não continuar no cargo de primeiro-ministro do Japão PHILIP FONG / POOL / EPA
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O Partido Democrático Liberal (PDL), no poder no Japão, vai eleger a 27 de Setembro um novo líder, que deverá o próximo primeiro-ministro do país, anunciou um responsável da formação política.

A decisão surge na sequência do anúncio surpresa feito, na semana passada, pelo actual primeiro-ministro, Fumio Kishida, de que não vai candidatar-se a um novo mandato à frente do partido, numa altura em que as sondagens de popularidade do Governo atingiram o nível mais baixo de sempre.

A campanha para a presidência do PDL arranca a 12 de Setembro e a votação realiza-se após duas semanas, de acordo com a decisão de um comité interno esta manhã, confirmou à agência France-Presse um responsável do partido.

Fumio Kishida, de 67 anos, está no cargo desde Outubro de 2021 e viu os índices de popularidade caírem devido à inflação, que está a minar o poder de compra das famílias japonesas, e aos escândalos político-financeiros que afectam o PDL.

O líder tem um currículo mais significativo em matéria de política externa, tendo-se colocado resolutamente ao lado da Ucrânia após a invasão russa, ao mesmo tempo que se esforçou, com o incentivo dos Estados Unidos, por reforçar a política de defesa japonesa face à afirmação da China na região Ásia-Pacífico.

Na classificação da longevidade no cargo dos 35 primeiros-ministros desde a Segunda Guerra Mundial, Kishida ocupa o oitavo lugar.

De acordo com os meios de comunicação japoneses, um grande número de candidatos, desde veteranos do partido a jovens estrelas em ascensão, incluindo três mulheres, tencionam candidatar-se.

Entre eles está o antigo ministro da Defesa Shigeru Ishiba, o antigo ministro do Ambiente Shinjiro Koizumi e a ministra da Segurança Económica, Sanae Takaichi, que, se for eleita, será a primeira mulher a chefiar o Governo do Japão.