Carlos III visita Southport para prestar homenagem às vítimas de esfaqueamento
Três raparigas foram mortas e outras ficaram feridas no ataque de 29 de Julho numa aula de dança com o tema de Taylor Swift, e que levou a tumultos incitados pela extrema-direita.
O rei Carlos III deslocou-se ao norte de Inglaterra, nesta terça-feira, para prestar homenagem às vítimas e às famílias das crianças que foram vítimas de um esfaqueamento em massa no mês passado, e que provocou motins e ataques racistas contra muçulmanos e imigrantes.
Numa visita a Southport, a cidade onde ocorreu o ataque, Carlos encontrou-se com algumas das crianças sobreviventes e respectivas famílias, antes de reunir com representantes dos serviços de emergência locais e de grupos comunitários. O rei também se debruçou sobre as flores e os brinquedos deixados em memória das vítimas do atentado, sob os aplausos da multidão.
Três raparigas foram mortas e outras ficaram feridas no ataque de 29 de Julho numa aula de dança com o tema de Taylor Swift, que desencadeou os tumultos depois de ser veiculada desinformação online, da responsabilidade da extrema-direita, que atribuía o ataque a um imigrante islâmico.
Um homem de 17 anos, que a polícia disse ter nascido na Grã-Bretanha, foi acusado de três homicídios, dez tentativas de homicídio e um crime de posse de um objecto cortante. O juiz autorizou que o seu nome fosse conhecido.
Em Southport, Carlos elogiou o espírito de comunidade, a compaixão e a resiliência da comunidade, e disse esperar que o respeito mútuo e a compreensão continuem a unir a nação.
O rei tem-se interessado por ajudar os jovens, tendo criado a instituição de caridade Princes Trust na década de 1970. Ajudou um milhão de jovens a encontrar trabalho ou a criar projectos comunitários e trabalhou em áreas afectadas por motins e distúrbios ao longo dos anos. Desde a sua coroação, que a organização tem continuado a actuar, incluindo em locais afectados pelos tumultos.
Depois dos ataques e dos motins que se sucederam ao atentado, os pais das crianças mortas apelaram ao fim dos mesmos. No dia do funeral da menina de origem portuguesa, a Reuters dava conta que mais de 900 pessoas tinham sido detidas e 466 acusadas de delitos durante os distúrbios, que foram sobretudo dirigidos a migrantes e muçulmanos.