Honda Prelude na calha para engrossar gama electrificada na Europa
Coupé desportivo nipónico renasce a celebrar a herança híbrida sem esquecer as credenciais dinâmicas.
Ainda não passa de uma intenção, ainda que com data confirmada (2026), mas a ideia veio animar o mercado europeu por ver regressar um ícone japonês: o concept do futuro Honda Prelude fez a sua estreia europeia no Festival de Velocidade de Goodwood, ao mesmo tempo que a marca assinalou 25 anos de tecnologia híbrida — foi em 1999 que o Insight se estreou a unir uma mecânica a gasolina a um sistema eléctrico, que se tornou pioneiro na Europa, já que o Toyota Prius, nessa altura, ainda se comercializava apenas no Japão (desde 1997, mas ainda levaria mais dois anos do que o Honda a chegar aos mercados mundiais).
O Prelude, que representou para uma geração o prazer de condução, desde a sua introdução, em 1978 (e até 2021), chega agora como uma espécie de anunciação do futuro eléctrico do emblema — afinal, “prelude” refere-se a uma peça musical introdutória… E é assim que a Honda pretende que se encare o vindouro modelo, como aquele que abre a porta a uma gama que visa manter-se de pedra e cal na Europa mesmo com os regulamentos que exigem a extinção dos motores a combustão, movidos a gasolina ou a gasóleo.
Do original, além do nome, o Prelude “mantém o ADN desportivo”, mas surge como “o produto de 25 anos de investigação e desenvolvimento de híbridos pioneiros”, assinalando “o mais recente capítulo da história híbrida [da marca] em constante evolução”, decretou o engenheiro-chefe da Honda Motor, Tomoyuki Yamagami. Isto combinando “na perfeição a eficiência e as vantagens ambientais da condução electrificada com uma experiência emocionante ao volante — libertando os condutores das suas vidas diárias com um maior prazer de condução.”
Com um capot baixo e prolongado, e faróis integrados na grelha, o futuro Prelude pretende cativar pelo estilo desportivo, também patente na linha de silhueta, de cintura baixa, a desenhar uma quebra a partir da linha do pilar A, que se remata com um spoiler traseiro a exercer força descendente, para colar o automóvel ao asfalto. E, mesmo não havendo ainda especificações técnicas (a imprensa nipónica avança com uma combinação entre o 2.0 de quatro cilindros a gasolina de ciclo Atkinson e dois motores eléctricos), o design, assim como as jantes de 20 polegadas, permitem-nos adivinhar credenciais apimentadas.
Uma mecânica ainda afastada do futuro previsto para 2035, quando na Europa se deverá proibir a comercialização de motores térmicos, mas alinhada com as premissas presentes, de controlo de emissões e sem esquecer a aposta que a marca tem feito na tecnologia de hidrogénio. Explica Tomoyuki Yamagami: “O Prelude demonstra a importância contínua dos grupos motopropulsores híbridos como parte da estratégia de electrificação automóvel da Honda — um passo fundamental para o nosso compromisso de 100% das vendas de novos veículos serem eléctricos ou a pilha de hidrogénio até 2040.”
Actualmente, a principal gama de automóveis da Honda é totalmente electrificada, com o Jazz, o Civic, o HR-V, o ZR-V e o CR-V, todos disponíveis, de série, com os grupos motopropulsores e:HEV, que alternam entre os modos de condução EV, Hybrid e Engine Drive sem qualquer intervenção do condutor, somando pontos na facilidade de utilização e numa boa eficiência.