Mbappé, Álvarez e os treinadores: as grandes Ligas estão de volta

Ainda há 15 dias para ajustar os plantéis, mas o Atlético Madrid está a gastar como poucos, o Wolverhampton a reforçar o contingente português e a Série A a revolucionar os bancos.

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Julián Álvarez trocou o Manchester City pelo Atlético Madrid, num negócio de 75 milhões de euros CARL RECINE / REUTERS
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O Wolverhampton e a Udinese são os recordistas de jogadores estrangeiros (29 em 33 e 34 em 38). O Atlético Madrid encabeça a lista das compras mais caras neste mercado de transferências. O Chelsea é o clube com o plantel mais extenso (44 atletas). O PSG é o campeão dos Big5 com mais portugueses a bordo (cinco). É nestes termos que arrancam quatro dos cinco mais valiosos campeonatos de futebol do planeta (a Bundesliga arranca apenas no dia 23), para a temporada 2024-25.

O tiro de partida foi dado ontem à noite na Liga espanhola, com o Athletic Bilbau-Getafe (1-1) e o Betis-Girona (1-1). É um campeonato marcado pela chegada do astro francês Kylian Mbappé ao Real Madrid, um campeão que começou a época da melhor forma, com o triunfo na Supertaça europeia, e que tentará acentuar o domínio interno face a um Barcelona em transição. Os catalães mudaram de treinador (saiu Xavi Hernández, entrou Hansi Flick) e apostaram muitas das fichas para contratar Dani Olmo (55 milhões), mesmo que o Atlético Madrid tenha sido, dos três clássicos candidatos, o que mais gastou até agora: 141,5 milhões, essencialmente distribuídos pelo avançado argentino Julian Álvarez (75 milhões, ex-Manchester City), pelo defesa espanhol Le Normand (40 milhões, ex-Real Sociedad).

Hoje é dia de começar a acompanhar a Ligue 1 e a Premier League. Dos quatro campeonatos em causa, o francês é aquele que menos jogadores deixa sair (158) e conta com o campeão logo no jogo de abertura, em casa do Le Havre. O PSG ganhou nada menos do que dez das últimas 12 edições da prova, razão pela qual continua a anos-luz da concorrência em termos de favoritismo - apesar de a chegada a Marselha do treinador Roberto de Zerbi, ex-Brighton, deixar água na boca aos adeptos do futebol ofensivo.

Mas não será só isso. Já investiu cerca de 120 milhões de euros em 2024-25 (essencialmente no médio João Neves e no central Willian Pacho) e no ar paira “apenas” a incógnita sobre a forma como irá substituir Mbappé. Para já, será com recurso ao plantel actual, mas nomes como o do avançado nigeriano Victor Osimhen (entre outros) continuam a ser considerados nas hostes parisienses.

A Premier League 2024-25 começa logo à noite (20h) com um Manchester United-Fulham, mesmo que nenhum esteja no pelotão da frente para lutar pelo título. O favorito é o do costume, o Manchester City, numa Liga que até agora viu entrar 214 jogadores e que engloba o maior contingente de jogadores portugueses - são 22 no total, com o Wolverhampton à cabeça, graças aos sete representantes que vão desde a baliza (José Sá) ao ataque (Rodrigo Gomes, Podence, Chiquinho, Gonçalo Guedes), passando pela defesa (Nelson Semedo e Toti Gomes).

A expectativa é grande, também, para perceber o que valerá efectivamente o Liverpool pós-Jürgen Klopp. Com o neerlandês Arne Slot como treinador, os “reds” iniciam a competição em casa do Ipswich Town (que jogará no principal escalão pela primeira vez desde 2001-02), destacando-se pela estabilidade que estão a conseguir assegurar no plantel neste mercado. Já o Arsenal reforçou-se na defesa (contratou o guarda-redes David Raya e o central Calafiori) e procurará dar o salto definitivo rumo ao título que lhe faltou nas duas últimas temporadas, ancorado na liderança técnica de Mikel Arteta.

Estabilidade no banco é algo mais difícil de encontrar em Itália. A esse respeito, a Série A 2024-25 soma quase tantas mudanças como as Ligas inglesa, francesa e espanhola juntas. Foram 17 as mexidas nos treinadores, a começar com a chegada de Paulo Fonseca (que lidera o gigante AC Milan) e a acabar em Antonio Conte, que procurará relançar um Nápoles que caiu de produção depois do scudetto conquistado em 2022-23. Em ambos os casos, o objectivo será dar luta ao Inter Milão, em maré de tentar renovar o título, havendo também de contar com a Juventus, com Thiago Motta como técnico.

A Liga italiana começa apenas no sábado com um Génova-Inter e um Parma-Fiorentina à mesma hora (17h30). Será o regresso do Parma mas não só à alta-roda do futebol transalpino. Com ele transitam da II Liga o Venezia e o Como, que já não convivia com os maiores do território há 21 anos. E, claro, também com um novo treinador: Cesc Fàbregas.

Notícia corrigida às 11h49, com a alteração da data da última presença do Ipswich Town na Premier League

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