Canções que o mar nos trouxe, entre a pesca e as praias
Se o mar sempre inspirou o mundo das artes, não havia em Portugal, até à data, um disco integralmente dedicado às artes e dramas da pesca. Mas agora já há. E chama-se Maré.
Não é novidade para ninguém que o mar, com o seu inesgotável fascínio e ofícios (da navegação à pesca), sempre inspirou o mundo das artes. Seria escusado invocar romances como O Velho e o Mar de Hemingway, o Moby Dick de Melville e Os Pescadores de Raul Brandão; ou as doces canções praieiras de Dorival Caymmi (que, cantando apaixonadamente o mar e os pescadores, nunca aprendeu a nadar – como revela a sua neta Stella, na monumental biografia que em vida lhe dedicou, Dorival Caymmi, o Mar e o Tempo, 2001, pág. 292), ou os vários filmes que, desde os primeiros passos do cinema português, tiveram o mar e a pesca como cenário e mote: Os Olhos da Alma (1923) de Georges Pallu; Nazaré, Praia de Pescadores (1929), Maria do Mar (1930) e Ala-Arriba (1942), de Leitão de Barros; Nazaré (1952), de Manuel de Guimarães; ou A Promessa (1972), de António de Macedo. Meros e escassos exemplos, num verdadeiro oceano de obras onde o mar e, em vários casos, também a pesca, foram essencial inspiração.
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