O Manchester City corrigiu a trajectória e conquistou a Supertaça

Em dia de aniversário, Bernardo Silva fez o golo da igualdade diante do United aos 89’. Foi o sétimo troféu dos “citizens” na prova.

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Bernardo Silva fez o golo do empate aos 89' Andrew Couldridge / ACTION IMAGES VIA REUTERS
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Há um ano, a Supertaça inglesa terminou com um empate no tempo regulamentar (1-1), fruto de dois golos apontados já na recta final da partida disputada em Wembley. A decisão resvalou, então, para o desempate por penáltis e o Arsenal levantou o troféu, para desilusão do Manchester City. Neste sábado, só mudaram os protagonistas — pelo menos alguns. No mesmo palco, em Londres, o City e o Manchester United chegaram ao fim dos 90 minutos empatados (1-1), um resultado também construído no último fôlego, e houve recurso a grandes penalidades. Desta vez, os “citizens” levaram a melhor e conquistaram a prova pela sétima vez (7-6).

No encontro que abriu a temporada 2024-25 do futebol em Inglaterra, jogou-se toda a primeira parte entre dois dos gigantes do país (e da Europa) sem que se registassem remates enquadrados. O City, em 4x2x3x1, com Ruben Dias a titular e Bernardo Silva no banco, tinha mais posse e mais acções com bola, mas o United, em 4x3x3, com Casemiro imponente a ocupar o corredor central, ia controlando sem especiais problemas o ímpeto do rival.

Com Dalot à direita (a dar conta de Jérémy Doku) e Bruno Fernandes no meio-campo, os “red devils” viram a pressão do adversário acentuar-se no segundo tempo, mas as soluções para mexer com o marcador tiveram de saltar do banco. O primeiro a receber ordem de entrada foi o argentino Alejandro Garnacho: aos 59’, entrou para o lugar de Amad Diallo e aos 82’ inaugurou o marcador. Numa transição ofensiva, acelerou pela direita, puxou para dentro e finalizou de pé esquerdo.

A “meta” estava já à vista e os defesas do City puseram as mãos na cabeça. Só que, dois minutos antes do golo, tinha sido lançado Bernardo Silva para o lugar de James McAtee. E seria o português a salvar os “citizens” da derrota, ao aproveitar um cruzamento de Oscar Bobb para, de cabeça, finalizar da melhor forma e forçar o desempate através da marcação de grandes penalidades.

No dia do 30.º aniversário, Bernardo Silva oferecia uma prenda ao City, mas também levantaria dúvidas junto dos adeptos, quando falhou o primeiro pontapé da marca dos 11 metros. Seguiu-se Bruno Fernandes, que não desperdiçou, bem como Diogo Dalot, mas Sancho e Evans acabariam por devolver a vantagem ao rival, que não tremeu mais — e contou com remates bem-sucedidos de Matheus Nunes, Ruben Dias e até do guarda-redes Ederson.

O triunfo estava assegurado. O City travava aquela que seria a 22.ª Supertaça da história do United (recordista da competição) e conquistava a prova pela sétima vez, a terceira nas últimas sete edições.

“Claro que sabe bem começar a época a ganhar, até porque perdemos aqui nos últimos anos. É mais um troféu e ficamos sempre felizes por conquistar troféus. Tivemos uma temporada longa e ainda não temos toda a equipa de volta, mas é bom começar desta forma”, assinalou Ruben Dias, em declarações à BBC, antes de acrescentar: “A forma como jogámos, o facto de termos concedido um golo e ainda termos sido capazes de empatar. Estou muito orgulhoso”.

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