Bergman em dois filmes fabulosos, elegantes e ásperos, densos e feridos
Bergman, espectros, e comédia (negra). Mulheres que Esperam e Depois do Ensaio juntam-se esta semana à retrospectiva em curso dedicada ao cineasta sueco. Cinco estrelas para ambos.
Mais dois filmes de Ingmar Bergman que nunca tinham sido contemplados com uma estreia comercial em sala no nosso país. Separam-nos 32 anos — Mulheres que Esperam é de 1952, Depois do Ensaio de 1984 — e representam momentos muito diferentes na obra do realizador sueco: o primeiro, se vem duma época em que Bergman já era suficiente famoso para integrar a competição oficial de Veneza (onde Mulheres que Esperam foi revelado a um público internacional), ainda é prévio à grande explosão, que estava para breve (o seu filme seguinte, em 1953, foi Mónica e o Desejo); o segundo, mais do que apenas “depois do ensaio”, é quase um filme “depois da obra”, a primeira adenda filmada pelo cineasta depois do fecho anunciado com Fanny Alexandre, dois anos antes.
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