Cartas ao director

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Pesadelos dos dias de Verão
Como bem refere António Barreto nos seus “pesadelos dos dias de Verão” no PÚBLICO, a novela das gémeas tornada pesadelo de Verão prossegue com o único objectivo do Chega em incomodar o Presidente da República por ter recebido um email do filho com um “veja lá se pode ajudar”, e como agora ao que parece não ajudou, o “pecado” deve estar na seguradora que através de um hospital privado com quem teria parceria encaminhou as gémeas para o SNS. Ora no pressuposto de que os seguros de saúde têm um plafond com capitais limitados para internamentos e tratamentos ambulatórios, que estão muito longe dos montantes do tratamento em causa ministrado às gémeas, nada mais natural do que um hospital privado, ultrapassado o limite das somas seguras, trate de encaminhar os doentes para o SNS, à semelhança do que fazem diariamente com doentes com doenças prolongadas que facilmente ultrapassam os capitais seguros, em vez de sem mais demoras os colocarem na rua à porta do hospital.

Carlos Caldas, Lisboa

Medicamentos gratuitos só em 2025

A brilhante ideia de os ex-combatentes passarem a receber medicamentos de forma gratuita partiu deste Governo, dirigido por Luís Montenegro. É de enaltecer o tão grande esforço e generosidade, que vai custar milhões de euros ao erário, para compensar todos aqueles que cumpriram com o seu dever além-mar. Na minha opinião, que vale o que vale, esta medida não vem tardia? Mais uma medida para embelezar o quadro fotogénico que este Governo tem vindo sempre a mostrar. Ficam bem estas atitudes, é sinal de que ainda há quem se preocupe com os ex-combatentes, mas deixemo-nos lá de coisas, mereciam não só mais respeito como mais incentivos pelos poucos anos de vida que restam a alguns de nós.

Mário da Silva Jesus, Codivel

​O receio de um atentado nos Jogos Olímpicos

Nestes Jogos Olímpicos de Paris há alegria e colorido nesta disputa das medalhas pelos países concorrentes. Quanto desejo haveria da parte dos atletas russos em estarem presentes? O culpado de esta situação é V. Putin, que, com a sua política ameaçadora, repressiva e expansionista, prejudica os atletas russos. Apesar das fortes medidas de segurança em França, ninguém pode garantir que não haja algum atentado. Esta opressiva realidade cria um certo ambiente de intranquilidade e receio que pode alimentar um medo excessivo e paralisante, mas é crucial encontrar um equilíbrio entre enfrentar o perigo real do terrorismo, tentando evitar-se cair num pânico injustificado. Tem de se ser forte perante a ameaça terrorista. Tem de se ser prudente e temerário para assegurar que o terrorismo não nos pode impedir de vivermos as nossas vidas plenamente e desfrutar de eventos tão grandiosos como os Jogos, que, no fundo, representam a paz, a amizade e a sã convivência entre nações. O lema olímpico Citius, Altius e Fortius tem de perdurar, ultrapassando as cobardes e hediondas ameaças terroristas.

António Cândido Miguéis, Vila Real

Praias sem vigilância

O património natural no território nacional é rico e diversificado, nomeadamente junto da costa com as suas praias maravilhosas muito publicitadas pela administração nacional, regional e local, assim como por todos os operadores turísticos. Incluindo todas as não vigiadas. E são estas que motivam este apelo.

Tendo muitas destas praias uma frequência elevada, será que isso não implica alguma responsabilidade? Evidentemente que sim. Não nos podemos demitir de situações de perigo que se verifiquem com cidadãos, estimulados a visitar essas praias. Nesta frequência, acontecem sempre imprevistos que perante eles não existem quaisquer meios para ajuda e minimizar a falta de segurança nestas praias.

Não basta alertar para essa falta de vigilância quando se convida para visitar estas praias. Não se pretende uma vigilância mais frequente, mas disponibilizar nestas praias algum equipamento mínimo de apoio para que permita a qualquer cidadão dar uma ajuda a alguém em apuros. Uma simples bóia e corda num poste disponível seriam uma preciosa ajuda.

O princípio e o destino da nobreza desta decisão serão motivo de persuasão a actos de vandalismo. Não podemos estimular as visitas as estas praias sem esquecer as responsabilidades associadas. A instalação deste equipamento terá com certeza o apoio público e privado.

Rafael Serrenho, Alandroal

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