Para dar “visibilidade” à lei e à ordem, como diz o primeiro-ministro?

Para um partido como o PSD, cujo fundador unia duas influências dominantes, a da doutrina social da Igreja e a da social-democracia europeia, é uma mancha de vergonha.

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“Visibilidade?” Certamente. De que há em Portugal pessoas que vivem e trabalham e que não têm a cor certa, não têm a religião certa, não vestem como nós, não têm os nossos costumes e que não falam ou falam mal português. E que, ao não ser isto tudo, dá “visibilidade” a que essa gente estranha é criminosa. Uma rua inteira cheia de “monhés”, “banglas” e nepaleses e resultou “na detenção de duas pessoas e na apreensão de quase 4000 euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos” (o que em qualquer feira do país é fácil de apanhar). Os 4000 euros não se sabe muito bem de quê. Para uma rua inteira, é pouco e eu conheço muitas ruas em Lisboa em que seria possível apanhar o mesmo, ou muito mais, dependendo do sítio, e se acrescentássemos Cascais, então estaríamos a falar de centenas de milhares de euros. E se a operação se estendesse a algumas sedes partidárias, então haveria mais bastões.

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