Volta a Portugal: Contte vinga fuga ao sprint, Eulálio não cede a Stüssi

Etapa mais longa, antes da Senhora da Graça, teve uma escapada de 27 ciclistas que deixaram pelotão a quase 10 minutos e meio.

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Afonso Eulálio continua de amarelo NUNO VEIGA / LUSA
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O argentino Tomás Contte (Aviludo/Louletano) venceu esta sexta-feira a 8.ª etapa da 85.ª edição da Volta a Portugal, entre Viana do Castelo e Fafe, batendo ao sprint o espanhol Andoni Lopez (Euskaltel) e o português Rafael Reis (Sabgal) ao fim de 4h24m05s de corrida da etapa mais longa da prova.

O pelotão chegou 10m25s depois, com Colin Stüssi (Vorarlberg) a procurar ganhar tempo a Afonso Eulálio (Betão/Feirense) e a Mikel Bizkarra (Euskaltel), cortando a meta sensivelmente à frente dos rivais, o que não se reflectiu na classificação oficial, que atribuiu o mesmo tempo ao camisola amarela antes das etapas decisivas desta Volta.

Na véspera da Senhora da Graça, com os favoritos a reservarem-se para a dureza do Monte Farinha e para o contra-relógio individual de Viseu no fecho da prova, um pequeno pelotão de 27 ciclistas viu na tirada mais longa (182,4km) a última oportunidade para lançar-se numa fuga que chegou a dispor de mais de 12 minutos de vantagem a cerca de 50 quilómetros da meta, em Fafe.

Esse grupo alargado de fugitivos integrava o português Gonçalo Leaça (Credibom), o mais bem classificado (27.º, a 13 minutos do líder da Volta), que esteve muito perto de se tornar virtual camisola amarela (chegou a ser quarto).

Porém, a vantagem começou a cair gradualmente, com o pelotão principal especialmente atento às implicações que uma desvantagem tão pronunciada poderia acarretar para o top 10.

Nos últimos 30 quilómetros acabou por prevalecer a guerra táctica, com os mais rápidos entre os fugitivos a estudarem-se e a pouparem esforços para o momento decisivo, o que fez cair a vantagem a partir do momento em que foi possível determinar que a fuga já não seria anulada.

A 17km da chegada, Pedro Pinto (Efapel) abriu as hostilidades na tentativa de ganhar uma vantagem que durou dois quilómetros. João Matias (Tavfer), Diogo Narciso (Credibom) e por fim Samuel Boardman (Project Echelon) atacaram no início da subida de Golães (4.ª categoria), aproveitando a indecisão dos parceiros de fuga. Mas faltou colaboração e a tirada foi decidida num duro sprint a subir, que resultou no triunfo do argentino.

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