Miguel Nascimento lamenta que trabalho de um vida termine em 20 segundos
O nadador de 50 metros livres admite ter cumprido o sonho de se estrear nos Jogos Olímpicos, mas reconhece a frustração de tudo passar em 20 segundos. Fora dos Jogos, mostrou apoio a Diogo Ribeiro.
O nadador português Miguel Nascimento mostrou-se, esta quinta-feira, satisfeito por ter cumprido o sonho de se estrear nos Jogos Olímpicos, embora lamente que todo o trabalho feito para chegar aqui acabe em 20 segundos.
Nos 50 metros livres de Paris 2024, Miguel Nascimento, de 29 anos, acabou em sexto na sexta série, em 22,49 segundos, naquele que foi o 36º tempo das eliminatórias, na qual o compatriota Diogo Ribeiro foi 13º e garantiu a presença nas meias-finais, em 21,91.
"Sem dúvida que foi um cumprir de um sonho, mas acho que ficou bastante aquém do que eu trabalhei. É um bocado injusto ter trabalhado praticamente 30 anos para chegar aqui e esse trabalho e dedicação e persistência que eu tive resumir-se apenas a 20 segundos. Estou feliz, independentemente de tudo", assumiu.
Nascimento manifestou-se "feliz" pelo apuramento de Diogo Ribeiro e por este ter "conseguido hoje dar a volta depois dos 100 livres", em que foi eliminado.
"Fico extremamente feliz por algum de nós ter conseguido passar à próxima fase e agora vou estar aqui à tarde para apoiá-lo, espero que corra tudo bem. Certamente, agora com o desenrolar das provas, as coisas vão-se começar a desenvolver aqui para o Diogo", referiu.
Miguel Nascimento diz que "agora é acalmar, tentar descansar agora a cabeça, o corpo e ver o que é que é o futuro", que ainda pode passar por Los Angeles 2028.
"Um ano de cada vez, vamos ver, dependendo de muita coisa ainda, mas se tudo correr bem, sim. Vamos ver", afirmou.
O lisboeta aproveitou para dar os parabéns à filha, que faz anos hoje, assegurando que "sem ela não conseguia estar aqui", assim como sem a sua mulher, a antiga nadadora olímpica Victoria Kaminskaya, contando com o apoio de ambas na bancada da Arena La Défense.