Lucros do BCP cresceram 14,7% no “melhor semestre dos últimos dez anos”

Resultados da operação em Portugal aumentaram 16,2%, para 411 milhões de euros. Gestão propõe aumento de dividendos.

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Presidente executivo do BCP, Miguel Maya, destaca desempenho dos resultados nos primeiros seis meses RODRIGO ANTUNES/LUSA
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Os resultados líquidos do BCP cresceram 14,7%, para 485,3 milhões de euros, naquele que foi “o melhor semestre de pelo menos os últimos dez anos”, admitiu nesta quarta-feira o presidente executivo (CEO) da instituição, Miguel Maya.

Do lucro total, 411 milhões de euros foram gerados no mercado nacional, um aumento de 16,2% em relação ao primeiro semestre de 2023.

O Bank Millennium, na Polónia, registou um resultado líquido de 82,8 milhões, apesar dos encargos de 376 milhões associados à carteira de créditos hipotecários CHF (dos quais 237,82 milhões de provisões) e dos custos relacionados com a prorrogação das moratórias de créditos hipotecários em zloty, que ascenderam a 46,6 milhões.

Em Moçambique, o Millennium BIM obteve um resultado líquido de 46,8 milhões no mesmo período.

“Para o crescimento do resultado líquido do grupo face ao primeiro semestre de 2023 contribuiu, em larga medida, a evolução favorável das imparidades e provisões e, apesar de menos expressivo, também o crescimento dos proveitos core”, refere a instituição.

De acordo com os dados divulgados, os recursos totais do grupo crescem 8,9% face ao período homólogo, para 100,6 mil milhões de euros, e a margem financeira cresceu 1,7%, ascendendo a 1397,5 milhões.

Mais dividendos aos accionistas

A base de clientes do banco cresceu 4,1%, com destaque para o aumento de clientes mobile (11% face a Junho de 2023), que representam 70% do total de clientes no final do semestre.

Em sentido desfavorável evoluíram os custos operacionais, que aumentaram 10,3%, para 619,4 milhões de euros, garantindo o BCP a manutenção de “sólidos rácios de capital”, nomeadamente CET1, que se situa nos 16,2%, e o rácio de capital total em 20,6%, em ambos os casos “confortavelmente acima dos requisitos regulamentares”.

Em face dos resultados apresentados e da melhoria de vários indicadores, a comissão executiva propõe um aumento de dividendos (payout), dos 30% verificados no ano passado para um valor superior a 50%, relativo aos resultados de 2024, anunciou Miguel Maya, durante a apresentação de resultados, recordando que, nos dois anos anteriores a 2023, esse rácio tinha ficado em 10%.

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