Maduro garante que vai respeitar o resultado das eleições presidenciais

Presidente venezuelano disse que a sua candidatura é “a única garantia de paz” no país.

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Nicolás Maduro a votar este domingo Fausto Torrealba / REUTERS
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O Presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, garantiu este domingo que respeitará o resultado das eleições presidenciais, que será divulgado no final do dia, apelando ainda aos restantes nove candidatos que façam o mesmo.

“Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral [referindo-se ao Conselho Nacional Eleitoral/CNE], os boletins oficiais e assegurarei que esses sejam respeitados, declarou Maduro aos jornalistas após votar, no oeste de Caracas.

Maduro reiterou o que disse ao longo da campanha eleitoral, ou seja, que a sua candidatura é “a única garantia de paz” no país.

Questionado sobre o reconhecimento dos resultados em caso de derrota eleitoral, sublinhou que o relatório do CNE “não só será reconhecido, como defendido, numa perfeita união civil-militar”, posteriormente garantindo que tudo correrá bem.

“Eu disse que ia chegar em paz e em paz chegou [referindo-se ao dia das eleições] e se há algo a preservar e a defender é a paz, a harmonia, a convivência entre os venezuelanos. Tem de ser um dia para o bem triunfar na Venezuela, fazendo o bem, que é a maior expressão do amor”, expressou.

Observadores internacionais

No sábado, o líder venezuelano disse que os antigos presidentes latino-americanos que foram impedidos de viajar para a Venezuela, onde estariam a convite da oposição para acompanhar as presidenciais, não tinham autorização para actuar como observadores.

“São ridículos porque sabem que são pessoas não gratas, muito repudiadas nos seus países. São da extrema-direita racista, fascista (...) e não foram convidados pelas autoridades eleitorais que são quem decide quem convidar e quem não. Eu não me meto nisso”, disse Nicolás Maduro.

Durante a transmissão do programa do YouTube “Nico Live”, o Presidente venezuelano afirmou não ter tempo para decidir quem está autorizado ou não a entrar no país.

“Eu tenho muito trabalho. Não me vão ver com uma lista de quem vem ou quem não vem. Eu vejo-os nas redes sociais e fazem-me rir, por isso são uns ridículos”, frisou.

Várias delegações internacionais, além do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em que estava integrado o eurodeputado Sebastião Bugalho, foram impedidas, na sexta-feira, de entrar na Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais deste domingo.

Entre esses grupos, está um formado por antigos presidentes latino-americanos e uma ex-vice-presidente, que não puderam viajar para a Venezuela na sexta-feira, depois de o avião da companhia aérea Copa Airlines em que seguiam ter sido impedido de levantar voo do Panamá, segundo a EFE.

Os membros do grupo disseram que iam participar nas eleições venezuelanas como convidados da oposição, uma vez que não podiam se registar legalmente como observadores.