Saborear arte doce com liberdade
Temos o doce fino, nome que dá a cara aos bolinhos de massapão à base de amêndoa, mas também o Dom Rodrigo, o morgado e o doce de figo. Mas estes não são os únicos pedaços de bom caminho a fazer crescer água na boca.
Cumprindo a tradição de edições anteriores, a montra da Feira Concurso Arte Doce dá destaque a uma região portuguesa – este ano, as honras são feitas ao Ribatejo –, a que se juntam o artesanato, as tasquinhas, os produtos regionais, os showcookings, a exposição de doces, actividades para os mais novos e, nesta 35.ª edição, os espectáculos de Expensive Soul, Fernando Daniel, Hybrid Theory - The Linkin Park Tribute, Plutonio e Luís Trigacheiro, entre outros.
Tudo bem temperado com Liberdade, em homenagem aos 50 anos do 25 de Abril de 1974. As portas estão abertas de 24 a 28 de Julho, entre as 18h e as 24h, no Complexo Desportivo de Lagos. A entrada é livre.
Estender a manta ao Cinema na Vinha
Com 21 sessões distribuídas entre a Casa dos Vinhos Verdes, no Porto, e as vinhas de mais de uma dezena de quintas de produtores da Região Demarcada, o Cinema na Vinha dedica esta edição aos 50 Anos de Liberdade.
A decorrer até 10 de Agosto, o ciclo de cinema ao ar livre complementa as cenas da tela com provas de vinho e degustação de sorvetes de Alvarinho, Vinhão, Loureiro e Avesso, entre outras actividades de enoturismo.
No cartaz com curadoria de Paulo Cunha e de Tiago Fernandes entram títulos como Do Fundo do Coração de Francis Ford Coppola, Jaime de António Pedro Vasconcelos, Querido Diário de Nanni Moretti ou Há Festa na Aldeia de Jacques Tati. O bilhete custa 10€ e está sujeito a inscrição em www.vinhoverde.pt.
Vai Formosa e com bom marisco
Quem passar por Faro entre 25 de Julho e 4 de Agosto pode afiar o palato na Festa da Ria Formosa. Organizada pela associação Vivmar, a iniciativa conta já com 27 edições (esta é a 28.ª) apostadas em mostrar o que a cidade tem de melhor, pelo menos no que ao peixe e ao marisco diz respeito.
De banca montada no Largo de São Francisco, sempre das 18h à 1h e com entrada livre, traz também a garantia de preços acessíveis, para que o tamanho da bolsa não interfira com a degustação. Tudo feito com a prata da casa, ou seja, sem restaurantes, apenas com os mariscadores e viveiristas locais, que assim têm oportunidade de escoar o seu produto e partilhar a sua experiência com os comensais. No programa da festa entram também uma série de espectáculos musicais, servidos por talentos da região.
Mãe Coragem em ruínas, sempre actual
As Ruínas do Museu do Carmo, em Lisboa, dão o cenário para uma versão teatral da obra antiguerra que Bertolt Brecht escreveu, em 1939, num gesto de resistência à ascensão do nazismo, habitada pelo absurdo, a luta sem sentido e a promiscuidade entre horror e negócio.
Encenada por António Pires, conta a história de uma vendedora ambulante que, com a sua carroça e três filhos, vai lucrando o que pode no meio da devastação da guerra, tomando decisões facilmente questionáveis por quem observa, mas muitas vezes inevitáveis em nome da sobrevivência.
Levada às tábuas pela Ar de Filmes / Teatro do Bairro, Mãe Coragem está em cena entre 24 de Julho e 17 de Agosto, de segunda a sábado, às 21h30, com bilhetes a 16€ (12€ para menores de 25 anos e seniores). S.P.
Entre festas e romarias, marchar
Em Guimarães, o primeiro fim-de-semana de Agosto é para celebrar as Festas da Cidade e Gualterianas. A tradição remonta a 1906 e tem por base o culto a São Gualter, mas desde há muito tempo ultrapassou o cariz religioso, assumindo o papel de maior festa do concelho vimaranense.
Este ano não será excepção: entre 26 de Julho e 5 de Agosto, há música, um festival de folclore, feira de gado, desfile de charretes antigas, fogo-de-artifício e a Marcha Gualteriana, jóia da coroa, que marca o encerramento das festividades (dia 5, às 22h). No programa entra também a Feira de Artesanato no Jardim da Alameda de São Dâmaso, que compõe as peças da montra com a partilha dos saberes em oficinas de olaria, joalharia, bordados, miniaturas em pedra e decoração de velas.
A arte de puxar a brasa à sardinha
Na zona ribeirinha de Portimão, a degustação faz-se com vistas sobre o Rio Arade e sardinhas. Assadas, no pão ou no prato, com batata cozida ou com salada à algarvia, são elas as rainhas da festa, ou não fosse este o Festival da Sardinha por excelência e um dos maiores certames gastronómicos do Algarve.
A 28.ª edição vai à mesa de 30 de Julho a 4 de Agosto, entre as 18h e as 24h, e traz na ementa outros trunfos, como a recriação tradicional da descarga da sardinha, o artesanato, a doçaria, showcooking ou os concertos de Aurea, Sara Correia, Richie Campbell, Anjos, Marisa Liz e Delfins, entre outras figuras da música nacional. Tudo com entrada livre e o Prato Festival ao preço de 10,50€ (a valer cinco sardinhas assadas, pão, batata cozida e salada, sem bebida).
No reino de D. Duarte, rumo a uma nova era
A organização deixa o aviso: Santa Maria da Feira volta a entrar na “maior recriação histórica da Europa”. A legitimar a grandeza do título estão as contas dos 27 anos de tradição e os números desta edição, que traz 110 espectáculos diários, apresentados em diversos palcos nos 37 hectares do recinto e “encaixados” em 17 áreas temáticas.
Num centro histórico vestido a rigor, está então tudo a postos para mais uma Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, este ano com a experiência toldada pelo reinado de D. Duarte, aclamado rei de Portugal em 1433, e pelos infantes que desempenharam um papel decisivo na criação de uma Nova Era para Portugal. A expansão marítima do território português, os feitos de Gil Eanes e o Cerco de Tânger são alguns dos episódios recriados, a par de cenas do quotidiano da época com cavaleiros, donzelas, mercadores, artesãos, saltimbancos, arqueiros, albergues, acampamentos, festins, cortejos, batalhas, torneios, banhos de São Jorge, uma feira franca e um souk.
Para ver de 31 de Julho a 11 de Agosto, das 13h30 às 00h30 (excepto sábado e domingo, a partir das 12h), com bilhetes diários entre 5€ e 7€ e pulseiras de acesso geral a 11€. As crianças até aos cinco anos não pagam.