Clube Zero: a ironia indigesta de um filme sobre o jejum

Jessica Hausner fez um filme demasiado preocupado em ser “legível” e repleto de lugares-comuns.

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O filme Clube Zero estreia-se esta quinta-feira nas salas de cinema portuguesas
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Mais próximo do Triângulo da Tristeza de Ruben Östlund (as contradições de uma porção do mundo contemporâneo servidas em comentário pesada e pobremente irónico) do que do melhor que Jessica Hausner já fez (Lourdes), Clube Zero é outra decepção na obra da realizadora austríaca, cada vez mais enfiada naquele pântano de misantropia que faz a linha mais saliente (a que vai de Haneke a Ulrich Seidl) do cinema contemporâneo vindo da Áustria. Porque é que, apesar de tantas decepções posteriores, prevalece uma memória positiva de Lourdes, que de certa forma, no uso esmagador da “ironia”, já era isto? Suspeitamos que pela presença de uma actriz de energia tão indomável como Sylvie Testud, que sozinha era todo o atrito necessário à suspensão da linearidade irónico-misantrópica.

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