O génio de Hamilton de Holanda em dose tripla e com orquestra portuguesa
O bandolinista brasileiro Hamilton de Holanda vai tocar com a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins num périplo nortenho que começa este sábado na Casa da Música.
O convite partiu da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins e o bandolinista brasileiro Hamilton de Holanda, um virtuoso mundialmente conhecido pela sua arte, aceitou. Juntos, músico e orquestra, darão três concertos em Portugal nos próximos dias. O primeiro será no Porto, na Sala Suggia da Casa da Música (sábado, dia 20, 18h), seguindo-se Lamego (dia 21, Teatro Ribeiro da Conceição, 18h) e Macedo de Cavaleiros (dia 23, Praça das Eiras, 21h30).
Nascido em 30 de Março de 1976, no Rio de Janeiro, Hamilton de Holanda começou a tocar muito cedo, aos 5 anos, e aos 6 já se apresenta em palcos. Exímio na arte do instrumento que abraçou, o bandolim (ampliando-o, por desejo de experimentação, de 8 para 10 cordas), já se apresentou por diversas vezes em Portugal, em palcos a Casa da Música (onde se apresentou em quinteto, em 2012), o festival Mimo de Amarante (onde actuou em 2016) ou o Auditório de Música de Espinho (em 2020), neste último com o pianista espanhol Chano Domínguez.
Com uma vasta discografia, a solo ou com as mais diversas parcerias, Hamilton percorreu palcos por todo o mundo, tocando ou gravando com músicos como Wynton Marsalis, Chick Corea, The Dave Mathews Band, Paulinho da Costa, Chucho Valdés, Egberto Gismonti, Ivan Lins, Milton Nascimento, Joshua Redman, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, Richard Galliano, John Paul Jones, Bela Fleck, Stefano Bollani, André Mehmari e Diogo Nogueira, entre outros.
Fundada em Novembro de 2010, a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, conhecida pela sigla OPGBAC – Associação Cultural de Plectro, afirma que se tem focado na promoção do bandolim por “este ser de vital importância numa Orquestra de Plectro. Para o Bandolim foram compostas obras pelos nomes mais sonantes da história da música como Vivaldi, Caldara, Mozart, Hummel, Beethoven, Verdi, Mahler, Schoenberg, Webern, Boulez…”
Para este encontro com Hamilton de Holanda, afirma a OPGBAC em comunicado, foi criado um programa que inclui “uma cuidada seleção de peças icónicas do repertório erudito e folclórico de ambos os países aqui representados”, Portugal e Brasil. O facto de os concertos se realizarem em três localidades da região Norte é relevante para este diálogo, acentuam: “O anunciado vértice de concertos nas localidades que constituem a geografia destas récitas musicais pretende em primeira instância mostrar o imenso valor do património musical brasileiro e português, através de um diálogo pluricultural entre os dois lados do Atlântico, esperando-se que, da plateia, “haja igual traço de união entre portugueses e brasileiros, algo que o concerto de forma espontânea e intrínseca abraça de forma fraterna e efusiva.”