Um Domingo Interminável: ao correr do tempo e nas cidades
A mais bela estreia da semana: um filme que fazendo parte do universo do cinema italiano é como se a nada, nem a ele, pertencesse.
Poucos realizadores conseguiram escapar ao irresolúvel dilema, mesmo angústia, que paira hoje e há bastante tempo no cinema italiano — a saber: como continuar depois do fulgor, popular e industrial, de uma era que terminou no fim da década de 70? Isso palpita nos esforços de gente como Matteo Garrone, Daniele Luchetti, Paolo Sorrentino, Giuseppe Tornatore e tutti quanti que filmam sempre com um olho intimidado pelo passado e ainda assim a ver que benesses podem recolher no presente. É uma luta inglória: contra fantasmas.
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