Líder da Federação Espanhola de Futebol suspenso por abuso de poder

Pedro Rocha fica impossibilitado de ocupar o cargo durante dois anos, mas ainda pode recorrer da decisão. Candidatura às eleições de Setembro em risco.

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Pedro Rocha com a taça de campeão europeu que a Espanha conquistou no domingo, em Berlim CHEMA MOYA / EPA
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O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Pedro Rocha, foi suspenso por dois anos, pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha, por ter excedido as suas funções ao demitir o secretário-geral do organismo, Andreu Camps.

Pedro Rocha, que substituiu Luis Rubiales após o abandono deste na sequência do beijo não consentido a Jenni Hermoso, na celebração do título mundial da selecção feminina, em Agosto de 2023, volta a arrastar a RFEF para momentos conturbados, dois dias depois da conquista do Euro 2024.

Igualmente processado num outro caso de corrupção e irregularidades, cometidas durante a presidência de Rubiales, Pedro Rocha assumiu as funções em Abril e agora poderá vir a ser impedido de concorrer à presidência da RFEF no acto eleitoral de Setembro.

O dirigente poderá, no entanto, recorrer desta decisão e pedir para permanecer no cargo enquanto o processo é analisado, facto que lhe poderá permitir concorrer à liderança do organismo.

Além desta punição, a justiça espanhola aplicou-lhe uma multa de 16 mil euros por duas outras infracções, que considerou graves.

Face a esta inabilitação, a vice-presidente Maria Chaves "Yaye", formada em Ciências do Desporto, vai assumir a liderança da comissão de gestão da RFEF.