A ministra do Ambiente disse esta segunda-feira que a estratégia nacional para as matérias-primas críticas será lançada este mês e que vai ser a base para definir áreas de exploração de materiais com potencial no país, como o cobre.
"É uma estratégia que está a ser definida, vamos ter uma reunião muito em breve com o ministro da Economia e também com o ministro da Coesão, e baseado nessa estratégia iremos definir as nossas áreas de exploração das várias matérias-primas das quais temos potencial em Portugal, que são muitas", disse aos jornalistas a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, à margem da participação no Eurafrican Forum, que decorre esta segunda e terça-feira em Carcavelos.
Questionada sobre a data de lançamento desta estratégia, a ministra garantiu que será até ao final deste mês. Mais precisamente a 22 de Julho, adianta a Reuters, citando a ministra no mesmo encontro com jornalistas.
A governante tinha anunciado, na semana passada, em audição no Parlamento, a criação de uma estratégia nacional para as matérias-primas críticas e essenciais, que vai definir princípios a aplicar nesta área, como as melhores tecnologias nos projectos de exploração mineira, o benefício para as populações locais e para o país como um todo e os critérios para um quadro de referência nacional.
Maria da Graça Carvalho disse hoje que uma das matérias-primas em cima da mesa é o lítio, "mas não é a única, nem se calhar a mais importante".
"A transição verde necessita muito de cobre", realçou a ministra, acrescentando que, dependendo dos estudos que vão ser feitos no âmbito da estratégia nacional, poderá haver lugar a concessões para minas de cobre. "Temos um grande potencial de exploração de cobre, já temos uma grande tradição e vamos continuar a investir", disse a governante, que é especialista em minas, citada pela Reuters.
Quanto ao concurso internacional para as seis áreas de exploração de lítio que o anterior Governo queria lançar, Maria da Graça Carvalho disse que isso "vai depender desta estratégia".
"Vamos olhar para os vários recursos, de uma forma global, vai ser uma coisa muito rápida, e daí haverá conclusões em relação às várias matérias-primas", afirmou.