Antes belo e escondido, Hotel do Rio mostra-se agora com os seus segredos

Novas sequências, os segredos das personagens explicitados, uma relação mais linear com a narrativa: Mal Viver/Viver Mal, de João Canijo, é agora a série Hotel do Rio. É outra música.

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Um tempo mais comprimido, mais condensado, parecendo mais um filme normal, mais narrativo, diz o montador, João Braz
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Neste filme — o díptico Mal Viver e Viver Mal — soava uma crueldade de câmara. Era a sua música: gritos abafados, corpos ocultados pelas portas e paredes, as relações adivinhadas, o sexo que se ouvia.​ Lágrimas e suspiros. À galeria de personagens, uma família que geria um hotel (a primeira parte) e os seus clientes (a segunda), acrescentava-se um exemplar da arquitectura modernista de Ofir e a mise-en-scène de João Canijo e da directora de fotografia Leonor Teles. Espreitava-se um mundo velado, oculto.

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