Antes belo e escondido, Hotel do Rio mostra-se agora com os seus segredos
Novas sequências, os segredos das personagens explicitados, uma relação mais linear com a narrativa: Mal Viver/Viver Mal, de João Canijo, é agora a série Hotel do Rio. É outra música.
Neste filme — o díptico Mal Viver e Viver Mal — soava uma crueldade de câmara. Era a sua música: gritos abafados, corpos ocultados pelas portas e paredes, as relações adivinhadas, o sexo que se ouvia. Lágrimas e suspiros. À galeria de personagens, uma família que geria um hotel (a primeira parte) e os seus clientes (a segunda), acrescentava-se um exemplar da arquitectura modernista de Ofir e a mise-en-scène de João Canijo e da directora de fotografia Leonor Teles. Espreitava-se um mundo velado, oculto.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.