Barco tradicional do Tejo estreia passeios entre Barreiro e Lisboa

A muleta Álvaro Velho, embarcação tradicional do Tejo, regressa ao rio já este sábado e até finais de Setembro fará, pela primeira vez, travessias entre o Barreiro e Lisboa.

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A muleta "Álvaro Velho" estreia passeios entre o Barreiro e Lisboa este Verão DR/CM Barreiro
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A muleta Álvaro Velho está de regresso ao rio Tejo para passeios turísticos e, desta vez, haverá travessias entre o Barreiro e Lisboa ao longo de todo o Verão.

O primeiro passeio a bordo da embarcação tradicional sai da Doca da Marinha, em Lisboa, já este sábado, às 10h, com três horários de embarque em cada margem do Tejo: 10h, 12h e 16h a partir de Lisboa, e 11h, 15h e 17h do pontão de São Marcos, no Barreiro.

De acordo com a autarquia do Barreiro, proprietária desta réplica das muletas tradicionais que outrora navegavam o estuário, é a “primeira vez” que a embarcação faz estes “passeios entre o Barreiro e Lisboa e vice-versa”.

Anote-se as datas: 13, 20 e 27 de Julho; 3, 10, 17, 24 e 31 de Agosto; e 7, 14, 21 e 28 de Setembro – sendo “obrigatórias e gratuitas” as inscrições prévias “para ida e volta”, realizadas junto do posto de turismo do Barreiro (de segunda a sábado das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30; e-mail; tel.: 212 068 287). Mais informações aqui.

De recordar que a muleta Álvaro Velho é uma réplica construída no Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos (Moita), concluída em 2019, realizando passeios turísticos desde 2022 com o nome Álvaro Velho. Esta embarcação tradicional do Tejo, utilizada na pesca, é arcaica “na forma do casco, aparentando ter origem no Mediterrâneo Oriental, de proa proeminente redonda, bélica no aspecto, onde ostenta pequenos esporões, e de popa fortemente encurvada”, lê-se no site da autarquia.

Era normalmente usada por “uma campanha de 15 homens”, com uma “tartaranha rede de arrasto e de alar”, embora também aplicassem “redes à deriva dentro do estuário e fora da barra”. “Em 1901 já só se encontrava uma muleta a laborar, sendo substituída pelo bote da tartaranha, em uso até 1928.”

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