Há 20 anos que não havia duas meias-finais femininas assim em Wimbledon

Jasmine Paolini e Barbora Krejcikova chegam à final depois de terem de jogar três sets

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Jasmine Paolini após conquistar o seu lugar na final feminina de Wimbledon Hannah McKay / REUTERS
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Há duas semanas, ninguém se atrevia a prognosticar uma final de Wimbledon entre Jasmine Paolini e Barbora Krejcikova, duas estreantes na discussão do mais prestigiado título no mundo do ténis.

Até este ano, Paolini nunca tinha ultrapassado uma ronda em Wimbledon, mas há cinco semanas, estreou-se numa final do Grand Slam, perdendo o derradeiro encontro em Roland-Garros. Foi precisamente no major francês que Krejcikova conquistou o seu único título do Grand Slam, em 2021, mas este ano a checa chegou a Londres com somente dois encontros ganhos desde Abril. As vitórias de ambas nas meias-finais, após cederem o set inicial, confirmam que a resiliência e competitividade falam mais alto que as estatísticas. E pelo sétimo ano consecutivo haverá um nome novo no palmarés feminino de Wimbledon

Jasmine Paolini (7.ª no ranking) é mesmo a primeira italiana a chegar à final do torneio britânico, depois de vencer Donna Vekic (37.ª), por 2-6, 6-4 e 7-6 (10/8), na mais longa meia-final feminina de Wimbledon: duas horas e 50 minutos.

Aos 28 anos, Paolini imitou Serena Williams (2002, 2015 e 2016), Venus Williams (2002) e Justine Hénin (2006) na lista de finalistas deste século de Roland-Garros e Wimbledon no mesmo ano.

Quanto a Barbora Krejcikova sucede na final de Wimbledon às compatriotas Martina Navratilova, Hana Mandlikova, Jana Novotna, Petra Kvitova, Karolina Pliskova e a vencedora do ano passado, Marketa Vondrousova, depois de eliminar a campeã de 2022, Elena Rybakina (4.ª), por 3-6, 6-3 e 6-4.

Novotna, que venceu em Wimbledon em 1998 e morreu em 2017, foi durante vários anos a mentora de Krejcikova e a checa de 30 anos não evitou as lágrimas quando a recordou. “Penso muito na Jana, tenho muitas memórias bonitas. Quando entro no court luto em todos os pontos porque é isso que ela quereria que eu fizesse”, afirmou.

No sábado, Krejcikova terá a experiência do seu lado, pois ganhou o torneio júnior de Wimbledon em 2013 e venceu todos os torneios do Grand Slam em pares, incluindo dois aqui, em 2018 e 2021, ano em que triunfou em Roland-Garros. Este ano, parou dois meses devido a problemas de saúde e regressou na época da terra batida, somando por derrotas os quatro encontros que realizou.

Esta sexta-feira (13h30), disputam-se as meias-finais masculinas: Daniil Medvedev-Carlos Alcaraz e Lorenzo Musetti-Novak Djokovic.

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