Campanha presidencial de Marine Le Pen em 2022 sob investigação pela justiça francesa por desvio de fundos

A investigação foi aberta pelo Ministério Público de Paris sob suspeitas de desvio de fundos, falsificação, fraude e um empréstimo ilegal.

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Candidatura de Le Pen sob suspeita de financiamento ilegal Guglielmo Mangiapane / REUTERS
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O Ministério Público de Paris anunciou nesta terça-feira que tinha aberto um inquérito judicial para investigar a campanha de Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2022 por suspeitas de financiamento ilegal, noticia o jornal francês Le Figaro.

O inquérito judicial foi aberto após uma investigação preliminar iniciada a 2 de Julho deste ano a várias alegações da campanha, nomeadamente sobre desvio de fundos, falsificação e fraude e ainda uma outra alegação de que um candidato a uma campanha eleitoral terá aceitado um empréstimo.

A investigação judicial surgiu na sequência de um relatório lançado em Dezembro de 2022 pela Comissão Nacional das Contas de Campanha e do Financiamento Político (CNCCFP), órgão responsável por fiscalizar o financiamento de campanhas políticas.

Segundo a rádio francesa RFI, Marine Le Pen terá investido 11,5 milhões de euros na sua campanha para as eleições presidenciais de 2022, nas quais ficou em segundo lugar na segunda volta, em que enfrentou o actual Presidente francês, Emmanuel Macron.

Em Dezembro desse ano, as despesas declaradas por Marine Le Pen, no valor de mais de 310 mil euros, para montar e desmontar materiais de campanha em 12 autocarros tinham sido consideradas “irregulares”, algo a que a ex-candidata presidencial tinha recorrido e de que, mais tarde, teria desistido.

Marine Le Pen, juntamente com 24 outros membros da União Nacional, partido da direita radical que liderou até 2022, será julgada no fim de Setembro por um caso de desvio de fundos europeus para a remuneração de assistentes de eurodeputados entre 2004 e 2016.

Os arguidos nesse caso são acusados de terem montado um sistema com fundos provenientes da União Europeia, com os quais pagavam a assistentes de eurodeputados que trabalhavam efectivamente para o partido. Le Pen, que sempre negou quaisquer alegações, será julgada por desvio de fundos públicos.

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