Jasper Philipsen apareceu na Volta a França
Depois de tentativas frustradas, umas por culpa própria, outras nem tanto, o velocista belga foi, finalmente, feliz na Volta a França.
Depois de maus sprints, azares e penalizações por trajectórias irregulares, Jasper Philipsen foi, finalmente, feliz na Volta a França. Nesta terça-feira, na chegada a Saint-Amand-Montrond, mesmo no centro do país, o velocista belga venceu a etapa 10 do Tour, conseguindo o primeiro triunfo na prova, depois de em 2023 ter chegado às quatro vitórias.
Biniam Girmay foi o segundo e Pascal Ackermann foi terceiro, numa etapa que confirma que, em matéria de velocistas, este é um Tour bastante aberto.
O "comboio" da Alpecin, que já tinha sido competente mais do que uma vez, teve, agora, contribuição do seu sprinter. E já era hora de isso acontecer, motivo pelo qual Philipsen falou de um "alívio" no fim do dia.
Etapa aborrecida
Vamos resumir a etapa 10 da Volta a França em dez momentos: nada – nada – nada – nada – chuva – fuga irrelevante – nada – vento sem impacto – nada – sprint.
Não se passou muito mais do que isto no percurso desta terça-feira. Houve uma tentativa de fuga a meio da etapa, mas quando Kobe Goossens se lançou era apenas para tentar que Philipsen não pudesse ganhar tantos pontos ao colega Girmay no sprint intermédio, na luta pela camisola verde.
Mas mesmo isso fazia pouco sentido à luz das declarações do velocista belga antes da etapa, quando disse que a camisola verde iria ser muito difícil e que o foco era vencer etapas.
Pouco depois, voltou a haver pelotão compacto, como houve durante quase todo o dia, com os únicos momentos de nervosismo a virem numa zona de vento lateral – temeu-se a possibilidade de haver uma bordure no pelotão que provocasse o atraso de algum ciclista importante para a classificação geral.
Não houve, até porque as principais equipas trabalharam bem na protecção aos seus líderes e porque ninguém quis tentar movimentações para deixarem os adversários em agonia.
Tal como já aconteceu neste Tour, alguns “comboios” dos sprinters não funcionaram na perfeição, com muita desorganização na cabeça do grupo. A excepção era a Alpecin, que teve dois lançadores para Philipsen, o últimos dos quais Mathieu van der Poel, que o deixou de “porta aberta” muito perto da meta. E foi um triunfo aparentemente fácil de Philipsen.
Para esta quarta-feira está desenhada uma etapa montanhosa, mas não demasiado. Em teoria, os principais candidatos ao triunfo no Tour não tentarão fazer diferenças neste dia, mas nunca se sabe – sobretudo com Pogacar.